O estudo baseia-se em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre vítimas de acidentes de trabalho à escala global, que indica que em Timor-Leste morreram 160 trabalhadores num ano.
Globalmente, a região da Ásia é a mais perigosa do mundo para os trabalhadores, refere o estudo da empresa de consultoria no setor da segurança e saúde no trabalho.
Atrás do Butão (31,9 por 100 mil habitantes) surgem a Namíbia e depois vários países da região da Ásia e Pacífico: Laos, Papua Nova Guiné, Kiribati, Tuvalu, Ilhas Salomão e Camboja.
Só a região da Ásia e Pacífica representa mais de um milhão de trabalhadores mortos anualmente, segundo os dados da OIT analisados.
"É da responsabilidade de todos os empresários, independentemente da indústria em que trabalham ou da dimensão da empresa, cumprir com a legislação de saúde e segurança do seu país", sublinha Robert Winsloe, diretor-geral da Arinite.
"Não implementar as medidas necessárias pode colocar a vida dos seus colaboradores em risco. Mesmo um trabalho de baixo risco pode tornar-se perigoso se não cumprir os requisitos básicos de saúde e segurança", considerou.
O estudo demonstra que em alguns países as mortes relacionadas com o trabalho em setores específicos são muito superiores à taxa de mortalidade nacional.
Nas Filipinas, por exemplo, a taxa de mortalidade sobre para 64,4 no setor do gás e da eletricidade, embora seja de 9,6 a nível nacional, enquanto nas Filipinas a taxa é de quase 46 no setor da agricultura e das pescas.
De todas as atividades económicas incluídas na investigação, a pesca regista a maior taxa média de mortalidade global de 15,96.
O setor de minas é o segundo mais perigoso, com uma taxa de mortalidade de 14,09, seguida da agricultura, com uma taxa de mortalidade no local de trabalho de 11,26 por 100 mil habitantes e da construção, com uma taxa média global de mortalidade de 10,24.
A eletricidade, o fornecimento de gás e água registam uma taxa de mortalidade global de 9,88, com Macau a registar a taxa mais elevada, de 83,33 por 100.000.
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