Greve dos trabalhores dos impostos e alfândegas encerra 70% dos serviços

Mais de 70% dos serviços de finanças e aduaneiros encerraram hoje devido à greve dos trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que começou na quarta-feira, segundo o mais recente balanço do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI).

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Lusa
02/12/2021 15:50 ‧ 02/12/2021 por Lusa

Economia

Greve

Até às 13h00 de hoje, o balanço do sindicato contabiliza o encerramento das principais repartições de finanças da capital, como Lisboa 1, 4, 8, e Loures 3, no Parque das Nações, e do Grande Porto onde, dos 27 serviços existentes, 19 estiveram esta manhã encerrados, como Vila Nova de Gaia, Porto 5 e Porto 4.

Quanto a postos aduaneiros, onde os trabalhadores cumpriram serviços mínimos, o STI relata ter recebido informações de problemas decorrentes do não desalfandegamento "de mercadorias, a fazerem falta, nomeadamente, em fábricas de construção automóvel, fornecimento de brinquedos e artigos natalícios".

No segundo dia de greve dos trabalhadores da AT, o STI, que convocou o protesto, emitiu um comunicado lamentando "profundamente a situação e o incómodo para as populações e os eventuais prejuízos decorrentes", mas declinou qualquer responsabilidade, lembrando que entregou o pré-aviso de greve "com mais" de dois meses de antecedência.

O sindicato salienta que competia às autoridades respetivas "tentar minimizar os inconvenientes" da situação e que os trabalhadores estão a cumprir legalmente os serviços mínimos decretados pelas autoridades, despachando nomeadamente produtos perecíveis.

A greve de cinco dias começou na quarta-feira, e termina no domingo, coincidindo com um feriado, dia em que as repartições de finanças estiveram fechadas, mas funcionando os serviços aduaneiros e controlo de fronteiras.

A paralisação conta com o apoio do fundo de greve, segundo comunicou o STI em finais de outubro, após a decisão do Conselho Geral do sindicato.

A greve foi marcada em protesto contra a demora na regulamentação da revisão da carreira dos trabalhadores dos impostos, a crescente degradação no funcionamento e perda de autoridade da AT, o sistema de avaliação de desempenho e "as funções robóticas que travam o combate à fraude e à evasão fiscal".

O pré-aviso de greve do STI abrangeu todos os serviços dependentes da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Autoridade Tributária e Assuntos Fiscais da Região Autónoma da Madeira.

Várias estruturas sindicais tinham agendado greves para o mês de novembro, mas o chumbo na proposta do OE2022 levou a que algumas decidissem desconvocá-las.

Leia Também: Segundo período de greve em IPSS nos Açores "paralisa" muitos serviços

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