"O Sindicato dos Trabalhadores de Call Center [STCC] convoca greve a todo o trabalho em todo o setor dos call centers [centros de atendimento]. Este aviso prévio tem efeito entre as 00:00 do dia 24 de dezembro até às 23:59 do dia 25 de dezembro de 2021 e as 00:00 do dia 31 de dezembro de 2021 e as 23:59 do dia 01 de janeiro de 2022", indicou, em comunicado, a estrutura sindical.
Em causa, está o aumento geral dos salários, o reconhecimento da profissão, a eliminação da precariedade e a promoção da contratação coletiva em todos os setores de atividade.
Estão abrangidos pelo pré-aviso todos os trabalhadores que prestem serviço na área dos 'call centers' e 'contact centers', em trabalho presencial ou teletrabalho, bem como nas áreas administrativas, em todo o território continental e regiões autónomas.
Já os trabalhadores que prestem serviços "socialmente imprescindíveis", como na linha SNS24 ou linha apoio à vida, bem como no apoio ao INEM ou às forças de segurança estão excluídos deste aviso.
"Somos nós trabalhadores/as de 'call center' que damos voz, suporte técnico ou ambas no apoio de marcas como NOS, Meo, Facebook, Google, Apple, Microsoft, Tranquilidade, Metlife, etc. Somos nós que estamos nas linhas de apoio e suporte na Caixa Geral de Depósitos, no Santander, nós somos a 'voz' da EDP e até do SNS 24. Como consequência da realidade atual [...], os trabalhadores de 'call center' fazem cada vez mais trabalho essencial a todas as pessoas", apontou o sindicato.
Assim, conforme referiu, as empresas de 'outsourcing' (terceirização) e de trabalho temporário expandiram o seu negócio, o que para os trabalhadores deveria conduzir à eliminação da precariedade, do "falso trabalho temporário", assédio laboral, "jornadas e ritmos de trabalho extenuantes" e ao aumento dos salários.
"Infelizmente, e num setor cujas entidades patronais incluem alguns dos maiores grupos económicos e 'marcas' nacionais e internacionais [...], os trabalhadores continuam a viver de baixos salários", vincou, acrescentando que estes profissionais, assumem, cada vez mais, um trabalho considerado como "imprescindível", apesar de continuarem "sem sequer terem a sua profissão reconhecida e valorizada".
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