Nas últimas duas semanas, o Uganda obrigou os motoristas dos camiões de petróleo provenientes do Quénia a fazerem testes à entrada no país, o que está a criar uma fila de 10 dias devido à demora no processamento dos testes, confirmou o Ministério da Energia numa declaração citada pela agência de informação financeira Bloomberg.
Até ao princípio do ano, o Uganda aceitava o resultado dos testes que eram feitos noutro país, mas a mudança da lei, resultante do receio dos contágios da variante Ómicron, originou não só uma enorme fila de camiões carregados de combustível, mas também uma subida dos preços, principalmente na capital deste país africano sem ligação ao mar.
Em Kampala, os preços da gasolina subiram de 4,4 xelins (1,09 euros) para 6,6 xelins (1,6 euros), uma subida atribuída a especuladores que estão a comprar os combustíveis antes de chegarem à capital e que depois os revendem mais caros.
O preço do barril do petróleo Brent, para entrega em março, atingiu o máximo dos últimos sete anos, abrindo em alta no mercado de futuros de Londres, a valer 87,82 dólares.
O preço do petróleo do Mar do Norte, referência na Europa, subiu hoje 1,50% face ao fecho do dia anterior a valer 86,52 dólares.
O petróleo está em alta há vários dias, apesar de se conhecer a intenção dos EUA e outros Estados de recorrerem às reservas de petróleo, precisamente para procurar conter o aumento dos preços.
A subida dos preços do petróleo é uma boa notícia para os países africanos produtores de petróleo, como a Nigéria ou Angola, os dois maiores produtores na África subsaariana, já que ambos os países têm as finanças pressionadas pela crise económica resultante da pandemia de covid-19.
A covid-19 já provocou 5.537.051 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência francesa de notícias AFP.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
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