"A ambição do projeto PROBONO é fornecer soluções validadas para o 'design', construção e operação tanto de edifícios novos como adaptados, com emissões reduzidas e energia positiva, contribuindo para comunidades mais sustentáveis", avança a Sonae num comunicado divulgado hoje.
Segundo adianta, estas soluções serão testadas através dos "laboratórios vivos" estabelecidos em seis países europeus: Sonae Campus, na Maia (Portugal), Madrid (Espanha), Dublin (Irlanda), Bruxelas (Bélgica), Aarhus (Dinamarca) e Praga (República Checa).
De acordo com a Sonae, o Sonae Campus integra atualmente "edifícios que são uma referência em termos de ecoeficiência, como são o caso do Sonae Maia Business Center e do Sonae Tech Hub, que se situa nos 100 edifícios no mundo com a maior pontuação pelo United States Green Building Council no âmbito da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)".
Como resultado da colaboração entre as empresas do grupo ao abrigo do projeto PROBONO, serão agora investidos no Sonae Campus "cerca de 1,37 milhões de euros, para teste de novas soluções em áreas como a biodiversidade, energia e sustentabilidade".
"O projeto prevê a testagem das mais recentes tecnologias de energia verde e utilização da sede da Sonae para experimentações por terceiros na área da energia e biodiversidade, estando também previsto o teste de ferramentas de gestão e controlo para redução de emissões", avança.
Paralelamente, o Sonae Campus "vai ser palco da implementação de novas soluções de aumento da biodiversidade, estando em estudo, designadamente, a construção de jardins verticais, casas para aves ou hortas".
Com um investimento total previsto de 25 milhões de euros, o projeto PROBONO reúne 47 parceiros de 15 países, sendo que, em Portugal, o consórcio integra a Sonae e as suas participadas Sonae MC, Elergone e Sonae FS, bem como a Capwatt, empresa da Sonae Capital.
Citado no comunicado, o 'chief development officer' e membro da Comissão Executiva da Sonae João Günther Amaral garante que a empresa "está fortemente comprometida em proteger o planeta", enquadrando-se o projeto PROBONO neste "esforço de tornar o grupo cada vez mais sustentável e, ao mesmo tempo, inspirar a mudança coletiva".
"Em 2015 assinamos o Acordo de Paris e em 2020 reforçámos esse objetivo ao assumir o compromisso de neutralidade carbónica das nossas operações já no ano 2040. Através do estímulo à inovação e à experimentação, bem como através do desenvolvimento de novo conhecimento na área da sustentabilidade, abriremos caminhos para que toda comunidade possa conhecer e adotar práticas e soluções mais amigas do planeta", refere.
Na mesma linha, o presidente executivo (CEO) da Sonae Capital, Miguel Gil Mata, afirma que "a participação ativa no 'living lab' do Sonae Campus vem reforçar ainda mais o compromisso da Sonae Capital com a sustentabilidade".
"O projeto PROBONO, no qual participamos através da Capwatt, está alinhado com o seu propósito de implementar soluções integradas de energia, eficientes e sustentáveis, para promover e facilitar a transição energética e a descarbonização das empresas e dos países. Damos, assim, mais um passo sólido no caminho da neutralidade carbónica e criamos conhecimento para a Comunidade", enfatiza.
O projeto irá arrancar este mês e terá a duração de cinco anos, tendo sido um dos três selecionados entre as 115 propostas apresentadas a concurso para o Programa-Quadro Horizonte 2020 LC-GD-4-1-2020: Construir e renovar com eficiência em termos de energia e de recursos.
Leia Também: Paulo Azevedo vende 1.023.075 ações da Sonae à Migracom