"As vulnerabilidades da balança de pagamentos da RDCongo melhoraram, principalmente devido ao desempenho forte da exploração mineira de cobre e cobalto e pelo financiamento significativo do Fundo Monetário Internacional (FMI)", lê-se na nota que dá conta da melhoria da avaliação sobre a qualidade do crédito soberano, que passou de CCC+ para B-, ainda abaixo da escada de recomendação de investimento.
Na explicação do 'rating', a S&P diz que mantém a perspetiva de evolução estável e aponta que "a contínua expansão da produção no setor mineiro, uma expectativa favorável do comércio e as reformas anunciadas e em curso pelo governo também sustentam a previsão de um crescimento económico forte".
A agência de 'rating' estima que a RDCongo, o maior vizinho de Angola, cresça 6% este ano e 6,5% até 2025, mantendo a dívida pública muito abaixo da média da África subsaariana, à volta de 15%, e aponta que o programa de financiamento do FMI, no valor de 455 milhões de dólares (408 milhões de euros), vai ajudar o país, ainda que não resolva todos os problemas.
"Apesar de um progresso notável no último ano, consideramos que a situação de segurança e de política interna continua frágil, particularmente no contexto das vésperas das eleições, marcadas para 2023", acrescentam os analistas.
A perspetiva de evolução estável para o 'rating' nos próximos 12 a 18 meses "equilibra as melhores perspetivas económicas, o apoio dos doadores e a moderação dos desequilíbrios externos com os níveis de receita muito baixos, a elevada vulnerabilidade às flutuações dos preços das matérias-primas, por causa da dependência do setor mineiro, e um cenário político e de segurança ainda frágil", diz a S&P.
A RDCongo tem a segunda taxa mais baixa de PIB per capita, sendo superada apenas por Moçambique na lista dos países africanos analisados pela S&P, que conclui que "a sua economia é limitada e concentrada no setor mineiro, o que a deixa vulnerável ao comércio internacional e à evolução da pandemia de covid-19".
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