Reunidos esta semana em Penamacor, os dirigentes da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) e da Comissão Permanente da Hermandad Obrera de Acción Católica (HOAC) discutiram "a situação sociopolítica e eclesial de ambos os países", alertando para o facto de a crise sanitária ter agravado "a realidade de empobrecimento e precarização no trabalho, apesar das diferentes medidas implementadas pelos governos para tentar aliviar a lacuna que neste período se alargou entre pobres e ricos".
Em comunicado hoje enviado à agência Lusa, estas estruturas ibéricas de trabalhadores cristãos apontam um conjunto de desafios para a sua ação, que passam por "defender o estado de bem-estar social e uma política económica redistributiva, exigir políticas públicas inclusivas que respeitem as opções de cada pessoa e permitam carreiras profissionais com futuro e garantir as condições de saúde e segurança no trabalho de forma a eliminar o flagelo dos acidentes de trabalho".
A LOC/MTC e a HOAC assumem, ainda, o compromisso de "defender que o desenvolvimento das novas tecnologias está ao serviço do bem comum para que o digital não se torne um novo fator de exclusão social, facilitar a conciliação da vida profissional e familiar e colocar na agenda política questões relacionadas com a imigração, ecologia, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável".
"O nosso compromisso deve ser na linha de continuar a defender que todas as pessoas tenham um trabalho digno", afirmam no comunicado.
Ao mesmo tempo, pretendem continuar a ser "a voz dos trabalhadores dentro da Igreja", procurando também "fortalecer os movimentos europeus e mundiais em que ambas as organizações participam, o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) e o Movimento de Trabalhadores Cristãos Europeus (MTCE)".
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