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Wall Street fechou em baixa com a crise na Ucrânia mas a aliviar perdas

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, perante a multiplicação de tensões na Ucrânia e depois do anúncio de sanções dos EUA à Federação Russa.

Wall Street fechou em baixa com  a crise na Ucrânia mas a aliviar perdas
Notícias ao Minuto

23:14 - 22/02/22 por Lusa

Economia bolsa

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones recuou 1,42%, para os 33.596,61 pontos, o tecnológico Nasdaq perdeu 1,23%, para as 13.381,52 unidades, e o alargado S&P500 cedeu 1,01%, para as 4.304,76.

Antes, durante a sessão, os investidores cederam ao pessimismo e os índices chegaram a estar a recuar dois por cento, depois de, durante a noite, o presidente russo, Vladimir Putin, ter aprovado o envio de tropas para o leste ucraniano, para apoiar as pretensões separatistas de grupos pró-russos em duas regiões da Ucrânia.

Durante uma intervenção na Casa Branca, o presidente dos EUA, Joe Biden, reagiu com a promessa de impor sanções contra os bancos e as "elites russas".

A Federação Russa, em consequência, "vai deixar de poder obter dinheiro no Ocidente nem negociar a sua nova dívida nos nossos mercados nem nos mercados europeus", avançou Joe Biden.

Perante estes anúncios, Wall Street temperou as perdas com o aproximar do final da sessão, com os investidores a entenderem que o governo dos EUA não avançou "o pior cenário" e conservou uma margem de manobra, considerou Art Hogan, da National Securities.

"As sanções foram avançadas de maneira razoável. O governo mantém a possibilidade de impor mais, se for preciso", avançou.

Nem Putin, nem a participação russa no sistema de transações financeiras internacionais (o que afetaria as exportações de petróleo) foram visados pelas sanções.

"É preciso guardar alguma coisa no bolso, como um argumento de dissuasão. Foi o que o governo fez e os investidores ficaram contentes por não terem de levar em conta o pior cenário nas suas decisões", concluiu Hogan.

As cotações do petróleo terminaram em baixa nítida, afastando-se do limiar simbólico dos 100 dólares por barril que o Brent chegou a roçar durante a manhã.

"As tensões entre a Federação Russa e a Ucrânia representam um risco baixo para os lucros das empresas norte-americanas", realçaram os analistas do JP Morgan, em nota analítica de hoje.

"Mas é o choque do preço da energia, em contexto de mudança de política monetária do banco central (dos EUA), focada no combate à inflação, que ainda pode pesar no sentimento dos investidores e nas perspetivas de crescimento", avisaram.

Os rendimentos proporcionados pelos títulos de dívida pública dos EUA a 10 anos mantiveram-se estáveis, em torno dos 1,93%.

Leia Também: Bolsas europeias invertem tendência de alta da abertura

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