As companhias aéreas japonesas Japan Airlines (JAL) e ANA Holdings foram afetadas na rota transiberiana, assim como muitas companhias aéreas na Europa que usam o espaço aéreo russo para conexões com a Ásia.
A JAL e a ANA cancelaram na quinta-feira ligações entre a Europa e o Japão e remarcaram hoje alguns dos seus voos pela Ásia Central e Alasca, este último uma antiga rota que, durante décadas e até à queda da União Soviética, foi a principal.
Com a invasão da Rússia à Ucrânia, os países europeus anunciaram o encerramento do seu espaço aéreo aos russos e, em resposta, a Rússia fez o mesmo.
O Japão não anunciou até agora a proibição da Rússia de usar seu espaço aéreo, nem vice-versa, embora na quinta-feira a companhia aérea japonesa JAL tenha cancelado todos os seus voos para Moscovo.
A ligação entre a Europa e o Japão por outras rotas implica um aumento das horas de voo e, portanto, um maior custo de combustível, numa altura em que as companhias aéreas japonesas tentam recuperar do impacto que a pandemia de covid-19 teve nas suas operações e do encerramento das fronteiras do arquipélago.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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