Brasil. Recuperação económica ajudou abertura de mais de 200 mil negócios

A recuperação económica do Brasil em 2021 após a grave crise gerada pela pandemia de covid-19 permitiu a abertura de mais de 200 mil novos negócios no país no ano passado, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

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Lusa
07/03/2022 20:06 ‧ 07/03/2022 por Lusa

Economia

Brasil

Segundo o sindicato patronal, o número de estabelecimentos comerciais ativos no Brasil cresceu 9,3% no último ano, passando de 2,2 milhões no final de 2020 para 2,4 milhões em dezembro de 2021, com a abertura de 204,4 mil novos negócios.

A CNC afirmou que o número de negócios de retalho criados em 2021 mais que dobrou os quase 75.000 que fecharam em 2020 devido às restrições impostas pela pandemia.

Em nota, a entidade atribuiu a evolução do setor ao fim das restrições sanitárias impostas em 2020, que limitavam o funcionamento do comércio e a mobilização dos consumidores.

"A flexibilização das restrições impostas ao comércio nos diversos estados e municípios, principalmente ao final da segunda vaga da pandemia, bem como o avanço da vacinação, contribuíram para uma tendência de aumento da circulação de consumidores e, com certeza, estimularam o movimento de reabertura de estabelecimentos comerciais", disse o presidente do CNC, José Roberto Tadros, citado na nota.

A retoma também foi possível pela recuperação económica do Brasil no ano passado, impulsionada principalmente pelo aumento do consumo.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 4,6% em 2021, sua maior expansão nos últimos 11 anos, após cair 3,9% em 2020, a maior queda em 24 anos.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano passado foi impulsionado principalmente pela recuperação do setor de serviços, que inclui o comércio e que cresceu 4,7%.

As vendas do comércio, por sua vez, avançaram 1,4% no ano passado em volume face a 2020.

Segundo a CNC, a faturação do comércio brasileiro cresceu 4,5% em termos reais em 2021 (descontada a inflação), seu maior aumento anual desde 2018. Em 2020, as vendas caíram 1,4% em termos reais.

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