O banco anunciou ainda que vai pedir uma injeção de capital de 209 milhões de euros ao Fundo de Resolução bancário relativa a 2021.
Em 2021, a margem financeira do Novo Banco subiu 3,3% para 573,4 milhões de euros, sendo que as comissões subiram 3,9% para 282,5 milhões de euros.
Já os custos operativos caíram 5,4% para 408,4 milhões de euros, com os custos com pessoal a baixarem 5% para 233,3 milhões de euros.
O Grupo Novo Banco tinha 4.193 trabalhadores em fim de 2021, menos 389 face a 2020.
As imparidades e provisões constituídas reduziram-se 70,4% para 352,7 milhões de euros.
No balanço, o crédito líquido manteve-se estável (mais 0,3%) para 23.685 milhões de euros. O rácio de crédito malparado desceu para 5,7% em dezembro passado, face a 8,9% em dezembro de 2020. Os depósitos subiram 4,7% para 27.315 milhões de euros.
Ainda na conferência de imprensa de hoje, António Ramalho foi questionado sobre a sua idoneidade após em janeiro ter sido conhecido que o Banco Central Europeu (BCE) estava a investigar o tema da relação entre o presidente executivo do Novo Banco e o ex-presidente do Benfica e devedor do Novo Banco Luís Filipe Vieira.
O presidente do Novo Banco afirmou que a sua idoneidade "é avaliada em permanência" e que sobre esse assunto não queria comentar mais.
O gestor disse, contudo, que sobre as suas ligações a Vieira não há fotografias suas com o ex-presidente do Benfica. "Não há fotografias minha com Luís Filipe vieira e deve haver fotografias dele com toda a gente", afirmou.
As dúvidas sobre a idoneidade do presidente executivo do Novo Banco surgiram após terem sido divulgadas na imprensa conversas telefónicas de António Ramalho com o ex-administrador do Novo Banco Vítor Fernandes (atual presidente da SIBS), em que António Ramalho disse estar a agendar uma reunião com o então presidente do Benfica para o "preparar" para a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Novo Banco.
[Notícia atualizada às 21h56]
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