O desembolso de 300 milhões de euros foi acelerado com vista a ajudar a reforçar a estabilidade macroeconómica da Ucrânia, no contexto da invasão russa em curso, segundo um comunicado da Comissão Europeia.
Na próxima semana será disponibilizado um montante semelhante, completando-se o desembolso de uma primeira prestação de 600 milhões de euros.
A aprovação dos dois primeiros pacotes financeiros segue-se à adoção rápida da proposta do executivo comunitário junto do Conselho da UE e do Parlamento Europeu.
A outra metade da verba (600 milhões) serão desembolsados mais tarde, mas ainda este ano, em linha com o Memorando de Entendimento assinado entre Bruxelas e Kiev.
A UE tem prestado uma assistência significativa à Ucrânia nos últimos anos, com a atribuição, desde 2014, de mais de 17 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos ao país.
Este valor inclui a provisão de 5,6 mil milhões de euros à Ucrânia através de cinco programas de AMF para apoiar a aplicação de uma agenda de reformas em áreas como a luta contra a corrupção, um sistema judicial independente, o Estado de direito e a melhoria do clima empresarial.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de pelo menos 2,5 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 16.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou, na quinta-feira, a morte de pelo menos 549 civis e 957 feridos.