O comércio de combustíveis e diversos setores agroalimentares são as áreas mais penalizadas entre as empresas importadoras nacionais pela guerra na Ucrânia, de acordo com um estudo da Informa D&B, divulgado na quinta-feira.
"Rússia e Ucrânia estão entre os maiores produtores de cereais. A redução na sua oferta e a escalada de preços irá penalizar a atividade de diversos setores alimentares, como por exemplo a produção de farinhas, indústrias do pão e pastelarias, pastas alimentares, produção de vinhos e cervejas, afetando também a cadeia de valor da indústria de carnes, fruto da dependência que temos face à Ucrânia em componentes de rações para o gado", pode ler-se no estudo.
De acordo com os resultados, em 2021, as importações de bens com origem na Rússia, Ucrânia e Bielorrússia atingiram 1.373 milhões de euros, cerca de 1,7% do total de compras de bens de Portugal ao exterior. Entre os três países, mais de 75% do valor importado é relativo à Rússia (1.068 milhões de euros).
"Cerca de 200 empresas nacionais importaram em 2021 bens da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia: 128 empresas importaram bens da Rússia, 70 da Ucrânia, e apenas quatro da Bielorrússia", pode ainda ler-se.
Ao que indica a mesma análise, cerca de 60% destas empresas operam nas indústrias. "Em termos de representatividade, destacam-se as empresas de comércio de combustíveis, as indústrias de fabricação de artigos de madeira e cortiça", é ainda referido.
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