Cerca de sete em cada 10 famílias portuguesas (71%) tinha dificuldades económicas em 2021, de acordo com um barómetro da DECO Proteste, divulgado esta quinta-feira. Este valor é superior aos 69% reportados em 2020.
As despesas com atividades de lazer, habitação e saúde surgem no topo da lista de dificuldades, mas as contas referentes à mobilidade, habitação, saúde e alimentação destacam-se pelo aumento do grau de dificuldade face a 2020, segundo um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
"Os resultados obtidos em 2021 são particularmente alarmantes tendo em conta a evolução dos últimos três anos. Se em 2019 77% das famílias portuguesas assinalavam as dificuldades económicas que sentiam, em 2020 esse valor diminuiu para 69%", refere Rita Rodrigues, responsável pelas relações institucionais da DECO Proteste.
As principais áreas que geram constrangimentos na gestão orçamental dos consumidores dizem respeito às despesas com atividades de lazer (41%), habitação (40%), saúde (39%%), mobilidade (39%) e alimentação (29%).
"Esta situação pode ser explicada pelo contexto de pandemia que continuou a marcar a economia em 2021, pelos períodos de confinamento e pelas perdas parciais ou totais de rendimento consequentes", acrescenta Rita Rodrigues.
Quais as regiões que se destacam?
Em termos geográficos, a região do Alentejo surge no topo da lista de dificuldades económicas (72% das famílias), seguida de perto pelos Açores (71%) e Lisboa VT (71%), segundo o mesmo estudo.
"No entanto, é na Madeira que se encontra a maior proporção de famílias em situação financeira crítica (leia-se, pobreza extrema): 9,5%. Quanto a distritos, os agregados de Évora (79%), Castelo Branco (78%) e Leiria (78%) foram os que revelaram maiores constrangimentos na gestão orçamental em 2021", pode ler-se no mesmo comunicado.
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