Ucrânia. Mário Centeno pede ação política para garantir crescimento
O governador do Banco de Portugal (BdP) defendeu hoje "ser crucial", perante a guerra na Ucrânia, que Portugal e a Europa tenham uma ação política coordenada para garantir o "crescimento sustentável" das economias.
© Reuters
Economia Ucrânia/Rússia
"A curto prazo, a invasão da Ucrânia pela Rússia [...] vai atrasar a recuperação e causar um ambiente inflacionário. As novas pressões nos preços diminuem a confiança dos agentes económicos", afirmou Mário Centeno, que falava na abertura da conferência 'Fortalecer o capital social: o papel dos bancos centrais', que se realiza em Lisboa, a propósito da celebração do 175.º aniversário do supervisor financeiro.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
Neste contexto, para o antigo ministro, é "crucial" a coordenação entre "as ações políticas nacionais" e as da Europa, de modo a garantir um "crescimento sustentável das economias".
O Programa do XXIII Governo Constitucional, empossado na quarta-feira pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi, esta quinta-feira, aprovado na primeira reunião do Conselho de Ministros e hoje entregue na Assembleia da República.
O documento vai ser discutido no plenário do parlamento nos dias 07 e 08 de abril.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, antecipou que o documento "é conhecido" porque "é o progama eleitoral dos socialistas" às legislativas de janeiro passado.
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