O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, reconheceu, esta sexta-feira, na Assembleia da República, que a economia portuguesa está a atravessar um momento difícil, devido à escalada dos preços, elencando um conjunto de medidas que o Governo vai aprovar em Conselho de Ministros.
"Estamos a atravessar um momento extremamente difícil", disse o ministro da Economia, referindo que a economia tem sido "fustigada" - primeiro pela pandemia e agora pela guerra.
O novo ministro da Economia seguiu a sua intervenção elencando as medidas já anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa, na quinta-feira, para responder à escalada dos preços e que receberão 'luz verde' do Conselho de Ministros ainda hoje.
"O Governo tem feito um esforço grande desde o primeiro momento para ter um pacote de medidas que correspondam a essas necessidades", apontou o ministro.
Ainda assim, Costa Silva sublinhou que "é preciso fazer muito mais" relativamente à integração dos jovens adultos que terminam a formação no mercado de trabalho.
O novo ministro, que sucede a Pedro Siza Vieira na pasta da Economia, comprometeu-se a "lutar" para mudar a trajetória de crescimento da economia portuguesa, apostando nas empresas que produzem bens "mais competitivos no mercado global".
O debate do Programa do XXIII Governo Constitucional termina hoje na Assembleia da República com a votação da moção de rejeição apresentada pelo Chega, que deverá contar unicamente com os votos a favor dos deputados do partido proponente.
O primeiro dos dois dias de debate ficou marcado pela garantia dada pelo primeiro-ministro, António Costa, de que cumprirá o mandato até ao fim, quebrando assim o silêncio sobre a sua hipotética saída para um cargo europeu daqui a dois anos e meio.
O chefe do Executivo anunciou que a proposta de Orçamento de Estado de 2022 será apresentada na próxima semana e antecipou que o crescimento económico será "um dos desafios centrais" da governação nos próximos quatro anos.
[Notícia atualizada às 10h34]
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