As negociações da proposta denominada por "exceção ibérica" para baixar os preços da energia em Portugal e Espanha decorrem junto da Comissão Europeia, mas, ao que indica o El País, este plano ibérico poderá obrigar a uma restrição das vendas a França.
O jornal espanhol, sublinhe-se, teve acesso aos documentos enviados à Comissão Europeia pelo governo espanhol e revela ainda que existem receios de que esta limitação, mesmo que seja mínima, quebre a unidade do mercado europeu.
A Comissão Europeia comprometeu-se, no final de março, a analisar "sem demora" as propostas que apresentadas por Portugal e Espanha mediante aval dado pelos líderes europeus para exceção no sistema energético europeu para a Península Ibérica, visando poder baixar preços.
Até agora não há uma posição formal sobre o assunto, mas, também em março, os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) deram 'luz verde' a esta 'exceção ibérica', como anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa, e o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez.
"Conseguimos um acordo importante para a Península Ibérica, [...] que será muito benéfico para portugueses e espanhóis: reconhece-se, finalmente, a exceção ibérica, a singularidade ibérica, no que toca à política energética", anunciou, na altura, Pedro Sánchez.
Em concreto, "podemos, a partir de hoje, colocar em prática medidas adicionais, temporárias, e que serão apresentadas à Comissão Europeia por parte dos dois governos", acrescentou Pedro Sánchez.
Também intervindo na ocasião, António Costa adiantou que estas medidas "temporárias e excecionais" permitirão uma "redução muito significativa do custo da energia" e serão formalizadas esta semana junto da Comissão Europeia.
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