Anabela Carvalheira disse hoje de manhã à Lusa que a paralisação, a oitava desde o início do ano, tinha às 06h35 uma adesão de cerca de 100%, adiantando que já foram entregues na terça-feira pré-avisos de greve para os dias 18 e 27 deste mês entre as 05h00 e as 09h00.
"[O pré-aviso de greve] tem a ver com as condições de trabalho, a falta de efetivos e o clima por parte da direção relativamente aos trabalhadores", referiu.
Os trabalhadores do ML cumprem, assim, hoje uma nova greve parcial, entre as 05h00 e as 09h00, devido à falta de condições de trabalho na área operacional, devendo a circulação ser retomada a partir das 09h30.
Normalmente, o metro funciona entre as 06h30 e a 01h00.
Em comunicado divulgado na terça-feira, a transportadora refere que, como se prevê que a circulação fique afetada, "o serviço de transporte terá início a partir das 09h30".
Em declarações à Lusa, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), explicou que a paralisação assenta nos mesmos motivos das duas greves parciais realizadas em março e nos passados dias 14, 22 e 29 de abril.
Em causa, explicou, está uma área da empresa que "representa os trabalhadores maquinistas e os trabalhadores chefia do posto de comando central".
Na prática, segundo a Fectrans, trata-se de uma "situação desregrada quer de horários, quer de falta de trabalhadores e más condições de trabalho", a que se soma "a grande prepotência por parte da direção, que leva a que os trabalhadores estejam a atingir o limite de cansaço".
O Metropolitano de Lisboa diariamente opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).
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