OPEP+ decide novo aumento moderado da produção de petróleo

A aliança OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, anunciou hoje a aprovação de um aumento da produção de crude em 432 mil barris diários, a partir de 01 de junho.

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Lusa
05/05/2022 14:10 ‧ 05/05/2022 por Lusa

Economia

Petróleo

Após uma reunião por videoconferência, os ministros do grupo de 23 países, que inclui os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e 10 aliados, mantiveram a decisão aprovada em junho do ano passado de subir gradualmente a produção global mensal e indicaram que voltam a analisar a situação no dia 02 de junho, indicou a OPEP em comunicado.

A nota divulgada faz referência à rota definida no verão passado para recuperar de forma gradual o nível de produção anterior à pandemia de covid-19, com aumentos mensais moderados, depois de ter sido feito um corte drástico na oferta em maio de 2020 devido à crise causada pela pandemia.

A reunião de hoje teve lugar um dia depois de a Comissão Europeia ter proposto a proibição das importações europeias de petróleo da Rússia, uma medida a concretizar gradualmente até final do ano, na sequência da guerra na Ucrânia.

Mesmo sem estar ainda aprovada pelos países da UE, a proposta levou na quarta-feira a uma subida dos preços do petróleo.

O barril de Brent (de referência na Europa) terminou a sessão de quarta-feira no mercado de Londres a 110,2 dólares, uma subida de 4,82% em relação ao dia anterior, enquanto em Nova Iorque o petróleo WTI subiu 5,27% para 107,81 dólares.

Esta subida contrariou a tendência de descida causada pelas severas restrições impostas na China para travar os novos casos de covid-19, um fator que tem preocupado os produtores.

Após a reunião da OPEP+ não se realizou conferência de imprensa e na breve declaração final divulgada a aliança limitou-se a assinalar que houve "consenso" na visão de que "os fundamentos do mercado de petróleo apontam para um mercado equilibrado".

Os ministros chamaram a atenção para "os efeitos contínuos de fatores geopolíticos e questões relacionadas com a pandemia", no que seria a sua única alusão às perturbações nos mercados de energia depois da invasão da Ucrânia pela Rússia e dos confinamentos na China.

[Notícia atualizada às 15h03]

Leia Também: Embargo a petróleo na UE? "Tudo está orientado para o petróleo russo"

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