"Mais uma vez, o Ministério da Agricultura complicou a vida aos agricultores", refere a confederação em comunicado hoje divulgado, onde aponta que os agricultores já submeteram as candidaturas ao Pedido Único de ajudas 2022.
De igual forma, considera que é "também discriminatório, na medida em que afasta das candidaturas 'online' "os agricultores que não possuam registo individual no portal do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), mesmo que sejam beneficiários da PAC".
Para a CNA, tal "exclui um grande número de beneficiários", como pequenos e médios agricultores que "não estão capacitados para a utilização de ferramentas digitais".
A CNA acusou ainda o Governo de parecer "querer fazer um brilharete" com o Apoio Excecional de Crise. "Trata-se de pagar mais cedo parte do dinheiro que os agricultores iriam receber mais tarde", aponta, acrescentando que se aplica apenas a quem está no sistema e que, por isso, não serve para os cerca de 40% dos agricultores portugueses que não recebem qualquer ajuda da PAC.
"Os agricultores continuam à espera de apoios verdadeiramente excecionais para minimizar uma situação igualmente excecional de enormes dificuldades", vinca a confederação, que insiste que "não basta [o Governo] aparecer na comunicação social" a anunciar "repetidamente os mesmos milhões para a agricultura".
"Importa sim fazer chegar rapidamente apoios concretos às explorações agrícolas e aos agricultores que querem continuar a produzir para alimentar o país", concluem.
No documento, a CNA voltou a lamentar que certas medidas ainda não tenham sido colocadas em prática, como a concretização da eletricidade 'verde' ou a medida PDR2020 para fazer face aos aumentos dos custos de produção.
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