Os CTT lançaram, na terça-feira, a nova marca de cacifos aberta a qualquer operador de distribuição, a Locky, a qual "visa gerir o negócio de cacifos a nível ibérico e conta com um investimento de oito milhões de euros".
"Independente da marca CTT, o objetivo é que os clientes particulares que efetuem as suas compras 'online' possam usar estes 'lockers' [cacifos], independentemente do operador de distribuição, para levantamento das suas encomendas a qualquer hora e em qualquer lugar", explicam os Correios de Portugal, em comunicado.
Os CTT apostam no desenvolvimento de cacifos para comércio eletrónico em Portugal e a Locky "ambiciona instalar 1.000 cacifos até ao final deste ano, ficando assim dotada da maior e mais capilar rede a nível nacional".
Os cacifos veem "também complementar a rede de pontos de entrega dos CTT, com uma solução inovadora, reforçando o posicionamento diferenciado da empresa na cadeia de valor do 'e-commerce' e fortalecendo a ligação de proximidade dos CTT com os seus clientes", referem os Correios.
A rede Locky "apresenta-se como uma solução de enorme conveniência para os clientes que privilegiam a sua autonomia no momento em que fazem as suas compras 'online', mas também traz significativas vantagens a nível ambiental", apontam os CTT, uma vez que "a distribuição final tem um efeito consolidador que diminui a dispersão de veículos de entrega em ambiente urbano".
Assim, "como um só cacifo permite a entrega para vários destinatários, evita-se a deslocação aos variados domicílios", o que reduz as deslocações e gera menos emissões de carbono associadas ao 'last mile', concluem.
Rede de cacifos Locky tem "tecnologia portuguesa"
O presidente executivo dos CTT, João Bento, afirmou à Lusa que a rede de cacifos Locky tem "tecnologia portuguesa", é produzida em Portugal e que é uma "infraestrutura que será crítica no futuro".
O lançamento da marca Locky para a rede de cacifos "significa a terceira leva de investimento que fazemos nesta frente específica", começou por dizer João Bento, que falava à Lusa à margem do evento, que decorreu em Lisboa
"Desde muito cedo percebemos que ia ser decisivo dispor de uma infraestrutura de cacifos para poder acompanhar as necessidades do país e as nossas próprias necessidades a propósito do crescimento do comércio eletrónico", prosseguiu, referindo que os cacifos estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana.
"Com isto conseguimos pôr as encomendas à espera do cliente", sublinhou o gestor, salientado que o primeiro passo "foi tomar a decisão" de era necessário desenvolver uma rede de cacifos.
Já a segunda decisão foi, "dado o caráter crítico que antecipávamos vir a ter, como hoje se confirma, achámos que devíamos fazê-lo com tecnologia própria e a nossa rede de 'lockers' é feita - e não começou assim - com cacifos nossos, tecnologia portuguesa, eletrónica portuguesa, metalomecânica portuguesa, 'software português, com a rede de parceiros permanentes e fabricados em Portugal", sublinhou o presidente executivo dos CTT.
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