Wall Street fecha em alta já à espera dos números da inflação
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em pequena alta, com os investidores sem notícias que permitam sustentar uma verdadeira recuperação e já de olhos postos para um indicador sobre a inflação, esperado para sexta-feira.
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Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,05%, o tecnológico Nasdaq avançou 0,40% e o alargado S&P500 progrediu 0,31%.
A praça tinha aberto em nítida alta, o que indicava uma recuperação depois de uma semana marcada por sessões de baixa em quatro, uma vez que segunda-feira foi feriado.
"Este arranque não tinha tido um catalisador, alguma coisa que o pudesses sustentar, além da reabertura na China", que levantou boa parte das restrições socioeconómicas impostas por razões sanitárias desde há algumas semanas, avançou Art Hogan, da National Securities.
Depois de Xangai, a cidade de Pequim anunciou no domingo o levantamento de numerosas medidas de confinamento, entradas em vigor no início de maio.
"O entusiasmo com as compras acalmou-se" ao longo da sessão, reforçaram os analistas da Briefing.com.
Para Art Hogan, os operadores também foram afetados pela subida dos rendimentos obrigacionistas, que se tinham distendido no final de maio.
O rendimento proporcionado pelas obrigações do Tesouro dos EUA a 10 anos atingiram os 3,04%, valor inédito desde há um mês.
Na semana passada, os investidores "viram uma potencial diminuição da subida da taxa de juro da Reserva Federal em setembro", salientou Art Hogan, "mas isso dissipou-se depois".
Os operadores estimam agora em 72,5% a probabilidade de a instituição subir a sua taxa de juro de referência em pelo menos meio ponto percentual durante as suas próximas três reuniões, em junho, julho e setembro, proporção esta que nunca tinha si estimada.
Testemunho destas antecipações, o rendimento das obrigações do Tesouro a três meses subiu hoje para 1,21%, pela primeira vez desde há 27 meses, ou seja, desde os primeiros dias da pandemia.
"É uma semana sem motor que se anuncia" em alta ou baixa, "até que se conheça o CPI (sigla de índice de preços no consumidor, em Inglês), estimou Art Hogan.
A praça nova-iorquina, com efeito, já tem o olhar virado para este indicador que vai informar sobre a evolução dos preços nos EUA em maio e deverá sinalizar uma possível diminuição da inflação, suscetível de orientar a política monetária norte-americana.
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