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China concede licenças para jogos online. Ações de empresas disparam

A China concedeu hoje novas licenças para jogos 'online' pela segunda vez este ano, uma decisão que impulsionou as ações das gigantes de tecnologia no maior mercado do mundo.

China concede licenças para jogos online. Ações de empresas disparam
Notícias ao Minuto

15:32 - 08/06/22 por Lusa

Economia China

Sessenta novos jogos foram aprovados hoje, após um lote inicial em abril, informou a Administração Estatal da Imprensa e Publicação.

Em julho de 2021, Pequim congelou o processo de licenciamento de jogos 'online', criticados pelos órgãos oficiais do Partido Comunista Chinês como uma espécie de "ópio" para a juventude do país.

No mês seguinte, as autoridades impuseram ainda um limite de três horas por semana para menores de 18 anos jogarem 'online'.

As ações do setor da tecnologia têm estado em queda num contexto de pressão de Pequim, que lançou uma campanha regulatória contra as gigantes tecnológicas do país, com avultadas multas por infrações das regras antimonopólio ou tratamento de dados pessoais.

A Tencent e a rival NetEase não obtiveram hoje nenhuma licença, mas a decisão de Pequim fez com que as ações de tecnologia subissem.

Os títulos da Tencent subiram mais de 6% na Bolsa de Valores de Hong Kong, as da NetEase avançaram mais de 5%, enquanto a cotação do grupo de comércio eletrónico Alibaba, o primeiro a ser punido pelas autoridades chinesas, disparou mais de 10%.

A incerteza regulatória pesou também sobre os resultados dos gigantes da tecnologia: a Tencent reportou no mês passado um crescimento trimestral lento, inédito desde 2004.

Face a uma potencial desaceleração económica, o Partido Comunista decidiu, no entanto, retroceder em algumas destas políticas.

A liderança chinesa afirmou o seu apoio à economia digital, em abril, e recebeu vários líderes do setor desde então.

Segundo o jornal norte-americano Wall Street Journal, as autoridades preparam-se agora para encerrar os processos contra o Didi, equivalente ao Uber na China, que foi alvo, desde o ano passado, de uma investigação relacionada com o processamento de dados pessoais.

Leia Também: ONG considera "desastrosa" a visita à China de Alta-Comissária da ONU

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