Em comunicado, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) avança que esta desaceleração no grupo das maiores economias do mundo "reflete principalmente o desempenho mais fraco nos Estados Unidos, cujo PIB contraiu 0,4% em relação ao trimestre anterior, após ter aumentado 1,7% no quarto trimestre de 2021".
Algo que atribui "principalmente a alterações no comércio líquido (exportações menos importações) e a reduções no investimento em 'stock' e nos gastos do governo com a assistência à covid-19".
Já na Austrália e na Indonésia, o crescimento desacelerou em mais de dois pontos percentuais entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022.
O crescimento desacelerou em menor grau no Canadá, China, Índia, Itália, Coreia, Turquia e Reino Unido, enquanto a França e o Japão registaram contrações do PIB de 0,2% e 0,1%, respetivamente, precisa.
Apesar da tendência para o conjunto da área do G20, o Brasil, a Alemanha, o México, a Arábia Saudita, a África do Sul e a União Europeia como um todo registaram um crescimento mais forte no primeiro trimestre de 2022 do que nos últimos três meses de 2021.
Por sua vez, o crescimento na Arábia Saudita (2,6%) foi o mais alto entre as economias do G20, "impulsionado por um aumento acentuado das atividades petrolíferas".
Na área da OCDE, que compreende 38 países, incluindo uma dúzia de países do G20, o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2022 é agora estimado em 0,3%.
Este valor representa uma revisão face ao crescimento de 0,1% estimado há três semanas, com base nas divulgações preliminares do PIB dos vários países.
"Desde então, entre os países do G7, o crescimento trimestral do PIB no primeiro trimestre de 2022 foi revisto em alta na Itália e no Japão e em baixa no Canadá e na França. Também a Irlanda publicou sua estimativa de crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2022, que acrescentou quase 0,1 pontos percentuais ao crescimento do PIB da área da OCDE", lê-se no comunicado.
De janeiro a março, o Reino Unido e a África do Sul excederam pela primeira vez o seu nível de PIB pré-pandemia (quarto trimestre de 2019), em 0,7% e 0,5%, respetivamente, enquanto a Itália atingiu o seu nível de PIB pré-pandémico pela primeira vez.
Entre as economias do G20, o PIB da Alemanha, Japão e México permaneceu abaixo dos níveis pré-pandemia (em 0,9%, 0,6% e 2,1%, respetivamente) no primeiro trimestre de 2022.
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