Em comunicado, o banco central anunciou a injeção de 200.000 milhões de yuans (28.487 milhões de euros) no sistema bancário, com a referida taxa.
Apesar de estes 2,85% serem já o nível mais baixo em que historicamente se realizaram operações deste tipo, a China parece manter a sua relutância em adotar políticas monetárias mais agressivas, sobretudo num momento em que a Reserva Federal norte-americana tem subido as taxas de juro da emissão de dívida do Governo dos Estados Unidos.
Uma maior divergência entre as taxas de juro pode levar a uma fuga de capital da China, face aos retornos superiores garantidos pelos títulos norte-americanos, o que afetaria o valor da moeda chinesa, o yuan.
Tommy Wu, analista da consultora Oxford Economics, assegurou hoje que continua a prever uma redução das taxas de juro no terceiro trimestre, pois poderá ser "útil" para impulsionar o crescimento económico, após o abrandamento suscitado pelas recentes medidas de prevenção epidémica.
No entanto, o especialista não prevê reduções posteriores, justamente pelos riscos que acarretariam para o yuan.
Em maio, o banco central chinês anunciou a redução da taxa a cinco anos -referência para o crédito à habitação - de 4,6% para 4,45%, num sinal de algum apoio ao setor imobiliário.
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