Segundo os economistas ouvidos pela Lusa, o primeiro trimestre do ano poderá ficar marcado por um ligeiro excedente orçamental, refletindo uma melhoria da atividade económica e uma diminuição da despesa com a pandemia.
"É esperado um pequeno excedente orçamental nos primeiros três meses do ano", refere Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, considerando que "a melhoria das contas públicas foi ditada, em boa parte, pela evolução mais favorável da pandemia".
Também Pedro Braz Teixeira, diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, estima "um saldo positivo, entre 0% e 0,5% do PIB [Produto Interno Bruto]" no primeiro trimestre do ano.
De acordo com os dados mais atualizados do INE, no primeiro trimestre do ano passado, o saldo das Administrações Públicas registou um défice de 6% do PIB, enquanto no quarto trimestre fixou-se em -1.806,0 milhões de euros, correspondendo a -3,2% do PIB.
Na totalidade do ano de 2021, o défice das Administrações Públicas, em contabilidade nacional, caiu para 2,8% do PIB, abaixo da meta oficial do Governo, depois de ter disparado para 5,8% em 2020.
Para este ano, o Governo prevê um défice orçamental de 1,9%.
Com as contas nacionais por setores institucionais, o INE divulga ainda a taxa de poupança das famílias, que caiu para 10,9% do rendimento disponível no quarto trimestre de 2021.
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