Por volta das 09:35 em Lisboa, o euro desceu 0,49% para 1,0110 dólares, depois de ter caído para 1,0072 dólares mais cedo.
"O gás natural levará o euro abaixo da paridade, independentemente da reação do Banco Central Europeu (BCE)", disse Derek Halpenny, analista do MUFG, citado pela AFP.
Impulsionados pela perturbação das exportações russas, os preços do gás atingiram na quinta-feira o nível mais alto na Europa desde março e da invasão da Ucrânia.
A perspetiva de uma escassez de gás na zona euro está a afastar os investidores da moeda única.
E tendo em conta o choque na atividade económica que isto representaria, o BCE está relutante de momento em aumentar as taxas demasiado depressa, apesar da inflação.
Isto é tanto mais assim quanto "a divergência das taxas de empréstimo na zona euro" está a pressionar a instituição monetária a ser cautelosa, concorda Matthew Ryan, um analista da Ebury, também citado pela AFP.
"É provável que o euro se mantenha próximo da paridade até que o BCE mencione uma medida de choque, tal como uma subida de 0,50 pontos percentuais, na próxima reunião, disse Ipek Ozkardeskaya, um analista da SwissQuote.
Mais tarde na sessão, os investidores tomarão nota do relatório mensal de empregos dos EUA.
"Seria necessário um relatório realmente dececionante para alterar as perspetivas a curto prazo das taxas americanas, pelo que é pouco provável que o dólar tenha uma reação exagerada" para o lançamento, disse Halpenny.
De facto, para a Reserva Federal dos EUA (Fed), "é evidente que a luta contra a inflação prevalece sobre tudo o resto", comentou Guillaume Dejean, analista da Western Union.