Subida das taxas? "Mercados já interiorizaram, de forma bastante clara"

O ministro das Finanças, Fernando Medina, considerou hoje que "os mercados já interiorizaram" o aumento das taxas de juro, anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE) para este mês, adiantando que o Governo já trabalha com base nesse cenário.

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Lusa
11/07/2022 14:47 ‧ 11/07/2022 por Lusa

Economia

Fernando Medina

"Esse movimento já está antecipado em grande medida nos mercados. Eu acho que os mercados já interiorizaram, de forma bastante clara, aquilo que é a mensagem do banco central relativamente à subida das taxas de juro", declarou Fernando Medina.

Falando aos jornalistas portugueses à entrada para a reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, o responsável lembrou que, quando assumiu a pasta das Finanças, sinalizou para a "alteração da política monetária", nomeadamente devido ao fim de "mais de uma década de juros praticamente zero, até com taxas negativas durante uma parte importante do período".

"Isso era já claro nessa altura, veio-se a confirmar e, por isso, nós temos vindo a acautelar essa circunstância em todos os exercícios que fazemos internamente no Ministério das Finanças e, por isso, estamos a trabalhar com consistência nesse cenário", adiantou Fernando Medina.

Em meados de junho, o BCE manteve as taxas de juro, mas anunciou que irá subir a taxa diretora em 25 pontos base na reunião de julho, mês no qual termina a partir de dia 01 a compra de ativos.

Num comunicado divulgado após uma reunião de política monetária, a instituição presidida por Christine Lagarde anunciou que decidiu manter a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito em 0,00%, 0,25% e -0,50%.

Ainda assim, informou que "o Conselho do BCE pretende aumentar as taxas de juro diretoras do BCE em 25 pontos base na sua reunião de política monetária de julho", sinalizando esperar voltar a aumentar as taxas de juro diretoras em setembro.

"A calibração desse aumento da taxa dependerá da atualização das perspetivas de inflação de médio prazo. Se a perspetiva de inflação no médio prazo persistir ou se deteriorar, um incremento maior será apropriado na reunião de setembro", adiantou o BCE.

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