Crise na aviação: Prosseguem os cancelamentos no Aeroporto de Lisboa
"Constrangimentos" em vários aeroportos europeus têm sido apontados como as principais causas para o cancelamento dos voos.
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Economia Aeroporto de Lisboa
Os efeitos da crise na aviação continuam a fazer-se sentir, sendo que para esta terça-feira, dia 12 de julho, estão previstas quase duas dezenas de voos cancelados no aeroporto de Lisboa: 10 chegadas e oito partidas. A informação sobre estes cancelamentos, sublinhe-se, está disponível no site da ANA Aeroportos.
"Constrangimentos" em vários aeroportos europeus têm sido apontados como as principais causas para o cancelamento dos voos.
Na origem destas situações estão falta de pessoal, greves e outros fatores externos agravantes, nomeadamente climáticos, relacionados com a covid-19 ou com imprevistos.
Segundo um estudo elaborado pela Allianz Trade, acionista da Cosec -- Companhia de Seguro de Créditos, o cancelamento de voos pode tornar-se no "novo normal na Europa", com as companhias aéreas a terem poucos incentivos para contratar e aumentar massa salarial, numa altura de aumento dos preços dos combustíveis.
No documento lê-se que "os voos cancelados podem tornar-se o novo normal na Europa à medida que as companhias aéreas se esforçam por proteger as margens, num contexto de subida dos preços dos combustíveis" em 89%, no acumulado deste ano.
Assim, tendo em conta que "os salários que representam 25% das receitas (face à média global de 19%), as companhias aéreas europeias têm pouco incentivo para resolverem a escassez de pessoal a curto prazo", indicou a Allianz Trade.
Consequentemente, "as tarifas aéreas estão a disparar na Europa", sendo que "após anos de quedas", o estudo estima que os preços aumentem 21% em 2022, acrescentando que "embora isto faça crescer a receita em +102% em termos homólogos, em 2022, isso não será o suficiente para evitar um terceiro ano consecutivo de prejuízos", de cerca de 9,7 mil milhões de dólares (cerca de 9,4 mil milhões de euros), garantindo que as "companhias aéreas europeias não atingirão o 'break-even' até 2023".
Nas últimas semanas, tem-se assistido a uma vaga de cancelamentos e perturbações na operação das companhias aéreas e aeroportos, sobretudo devido a falta de pessoal, num contexto de recuperação rápida do transporte aéreo, depois da pandemia.
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