Francisco Calheiros falava na conferência de imprensa da apresentação das conclusões do estudo "Impacto económico da não decisão sobre a implementação do novo Aeroporto de Lisboa", que decorreu em Lisboa.
Quando questionado sobre se tinha conhecimento da decisão do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sobre o novo aeroporto, tal como aconteceu com o presidente da Câmara de Lisboa, Francisco Calheiros disse que sim.
"Tivemos conhecimento que essa decisão ia ser anunciada", afirmou.
Sobre quando, respondeu: "Penso que um dia antes, tivemos uma conversa com o senhor ministro em que disse que iria anunciar a decisão de arrancar com o aeroporto do Montijo, razão pela qual muito rapidamente congratulamo-nos com essa decisão".
Isto porque o que a CTP quer é uma decisão o quanto antes sobre o novo aeroporto.
Sobre o que entendeu dessa conversa é que, ponto um, "há uma decisão que é Montijo".
Ponto dois, "para não estamos 53 anos a decidir qual o futuro, quando e se amanhã a opção Portela+Montijo atingir a sua capacidade (...), o futuro passaria por Alcochete", mas este seria "um futuro longínquo".
No dia 29 de junho, o Ministério das Infraestruturas publicou um despacho que dava conta de que o Governo tinha decidido avançar com uma nova solução aeroportuária para Lisboa, que passava por avançar com o Montijo para estar em atividade no final de 2026 e Alcochete e, quando este estiver operacional, fechar o Aeroporto Humberto Delgado.
No entanto, no dia seguinte à sua publicação, o despacho foi revogado por ordem do primeiro-ministro, António Costa, levando Pedro Nuno Santos a assumir publicamente "erros de comunicação" com o Governo nas decisões que envolveram o futuro aeroporto da região de Lisboa.
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