As exportações de gás para países fora da Comunidade de Estados Independentes (CEI), incluindo para a Europa, ascenderam entre 1 de janeiro e 15 de julho a 71,9 mil milhões de metros cúbicos, menos 33,1% ou 35,6 mil milhões de metros cúbicos em relação ao mesmo período em 2021.
Contra este declínio, a Gazprom sublinha que as entregas do combustível à China "estão a crescer", através do oleoduto "Siberian Force" ao abrigo de um contrato bilateral a longo prazo entre a Gazprom e a China National Petroleum Corporation (CNPC).
No total, desde janeiro, a Gazprom produziu 249,7 mil milhões de metros cúbicos de gás, ou seja, menos 10,4% (29,1 mil milhões de metros cúbicos) do que no ano passado.
A Gazprom insiste no relatório publicado hoje que "fornece gás de acordo com encomendas confirmadas".
Entre abril e maio, a companhia de gás russa cortou o fornecimento de gás à Holanda, Polónia, Bulgária e Finlândia, bem como ao Ørsted, o principal grupo energético da Dinamarca, e à Shell Energy Europe, que fornece gás à Alemanha, por se recusarem a pagar em rublos.
Os fornecimentos de gás russo também caíram na Áustria, França, Itália e Eslováquia.
A Gazprom também cortou o abastecimento de combustível à Europa através da Ucrânia em quase 30% no início de maio, devido à recusa do lado ucraniano em permitir o trânsito de combustível através da estação de Sokhranovka.
Posteriormente, cortou os fornecimentos através do gasoduto Nord Stream, que transporta gás russo diretamente para a Alemanha através do Mar Báltico, em 60% em duas rondas, citando problemas na revisão de turbinas devido a sanções ocidentais.
Além disso, uma paragem técnica de dez dias do Nord Stream começou no dia 11 para trabalhos de manutenção "planeados".
A empresa, citando dados da Gas Infrastructure Europe (GIE), afirmou que a partir de 13 de julho, as reservas de gás em instalações de armazenamento subterrâneo europeu foram reabastecidas em 36,9 mil milhões de metros cúbicos.
"Para atingir o nível que as instalações de armazenamento subterrâneo tinham no início da época de retirada de gás 2019/2020, as empresas terão de produzir mais 35,5 mil milhões de metros cúbicos de gás", sublinhou a Gazprom.
Garantiu que em alguns países europeus, por exemplo, na Alemanha e na Bélgica, durante alguns dias na primeira quinzena de julho, a retirada de gás dos armazéns excedeu a injeção.
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