"Os dados disponíveis apontam para que a economia portuguesa tenha continuado a crescer em cadeia durante o 2.º trimestre, nomeadamente num intervalo entre 0,1% e 0,5%, a que corresponde, em termos homólogos, um crescimento entre 7,3% e 7,7%. Para a segunda metade do ano, as perspetivas de crescimento são, em cadeia, bastante reduzidas", refere a Síntese de Conjuntura do ISEG, hoje divulgada.
No documento, os economistas do instituto educativo referem que, "apesar do comportamento registado no primeiro semestre, o crescimento esperado para a economia portuguesa em 2022 deverá situar-se entre 6,4% e 6,8%".
Segundo os economistas do ISEG, as perspetivas de crescimento no segundo semestre são, em cadeia, "praticamente nulas", sendo que consideram que a procura externa turística "está a atingir os níveis de 2019, a partir dos quais crescer é mais difícil, porque a inflação vai limitar o consumo em volume e porque o investimento é mais incerto".
De acordo com o documento, é esperado, a "mais largo prazo", que as consequências da guerra na Ucrânia e a tentativa do controlo da inflação pelas políticas monetárias do Banco Central Europeu conduzam "a economia da União Europeia à recessão".
Em maio, os economistas do ISEG estimavam que o crescimento económico para 2022 se encontrasse entre os 6% e os 7,2%.
Na quinta-feira, a Comissão Europeia reviu em alta de 0,7 pontos percentuais o crescimento do PIB português para este ano, para 6,5%, colocando o país como o que regista a maior expansão.
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