"Em 2023, creio que seria altamente desejável a construção do que deve ser um acordo em matéria de política de rendimentos. Nós temos um sistema de concertação com as virtualidades e com as características que tem, mas devemos levar mais longe este esforço de concertação em matéria da política de rendimentos", sustentou o ministro durante a conferência 'Millennium Talks', promovida hoje no Porto pelo Millennium bcp para debater o investimento empresarial.
Recordando que "o Governo foi criticado pela opção que fez relativamente à política salarial deste ano", Medina reiterou tratar-se da "política salarial correta" no atual contexto: "Continuo a defender que acho que é a política salarial correta num ano de incerteza e num ano em que precisamos de não correr riscos e de não introduzir fatores de alimentação de um processo inflacionário ainda não totalmente conhecido e não totalmente desenvolvido", sustentou.
"Mas -- acrescentou -- a verdade é que ganharemos todos e é essencial estabelecer uma base de confiança relativamente à política de rendimentos".
Desde logo, para permitir "a estabilização da procura interna" numa altura em que se preveem "restrições à procura externa", devido ao abrandamento das principais economias, e, depois, como forma de promover a "estabilidade social, que é um elemento essencial para o sucesso económico de um país, principalmente em alturas de maior incerteza e maior dificuldade", explicou.
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