Um balanço feito à Lusa por uma fonte da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) apontava para uma adesão na greve dos trabalhadores de 95%.
Em comunicado enviado à Lusa, a empresa adianta que "no primeiro período de interrupção do serviço de transporte regular, por motivo de greve parcial dos trabalhadores da Transtejo, registou-se uma adesão de 18%".
A empresa referiu também que o serviço de transporte nas quatro ligações fluviais foi iniciado, com a devida normalidade, antes dos horários previstos e anunciados.
A ligação Cacilhas-Cais do Sodré foi retomada às 09:11, Montijo-Cais do Sodré às 09:00, Seixal-Cais do Sodré às 09:40 e Trafaria-Porto Brandão-Belém às 09:30.
Os trabalhadores da Transtejo iniciaram hoje um ciclo de greves, de três horas por turno de serviço, que durará até à próxima sexta-feira.
Por seu turno, os trabalhadores da Soflusa iniciam na terça-feira um ciclo de quatro dias de greve, com paralisação durante todo o período de trabalho.
Num alerta publicado pela Transtejo/Soflusa, na sua página da internet, pode ler-se que está prevista a "interrupção do serviço regular" na Soflusa, devido à greve convocada por organizações sindicais representativas dos trabalhadores.
Assim, vão registar-se interrupções na carreira fluvial do Barreiro para o Terreiro do Paço (Lisboa) entre hoje e 23 de julho, sendo o último barco às 22:25 e o primeiro às 00:05 do dia seguinte.
O mesmo se verifica na carreira fluvial do Terreiro do Paço para o Barreiro, sendo o último barco às 22:50 e o primeiro às 00:30 do dia seguinte.
A empresa alerta que durante o período de greve os terminais estarão encerrados, por motivos de segurança.
Na mesma página da internet pode ler-se um aviso sobre a interrupção de algumas carreiras fluviais da Transtejo, entre hoje e 22 de julho, devido à greve parcial e ao trabalho suplementar dos trabalhadores.
As interrupções afetam as carreiras fluviais de Cacilhas (Almada) para o Cais do Sodré (Lisboa) e no sentido inverso, com especial incidência nas "horas de ponta" da manhã e da tarde.
De acordo com a Fectrans, os trabalhadores exigem o aumento dos salários e medidas que combatam a degradação do serviço público, devido à falta de trabalhadores e ao envelhecimento da frota.
Atualmente, adianta a estrutura sindical, a Transtejo já tem navios novos (do concurso de navios elétricos), mas por falta de baterias os mesmos estão imobilizados.
Por outro lado, por falta de trabalhadores "há recurso a imensas horas extraordinárias, havendo trabalhadores com horários de 16 horas por dia".
Desde o início do ano, mais de mil circulações não foram efetuadas.
A Transtejo e a Soflusa têm a mesma administração e ambas asseguram as ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa.
A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.
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