De acordo com os dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, que confirmam a estimativa rápida avançada em 01 de julho, a inflação - medida pelo Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor -- atinge um novo máximo no espaço da moeda única, mas também no conjunto dos 27 Estados-membros, com a taxa de 9,6% na União Europeia (UE) a comparar com 8,8% um mês antes e 2,2% em junho do ano passado.
A taxa de inflação na zona euro e na UE tem vindo a acelerar desde junho de 2021, puxada pela subida dos preços da energia, e a atingir valores recorde desde novembro.
De acordo com o Eurostat, a subida da inflação na zona euro continuou a ser impulsionada pelo aumento dos preços do setor da energia (42%, face a 39,1% de maio), seguindo-se o da alimentação, álcool e tabaco (8,9%, que compara com 7,5% de maio), bens industriais não energéticos (4,3%, face a 4,2%) e dos serviços (3,4%, abaixo dos 3,5% de maio).
As taxas anuais mais elevadas foram registadas na Estónia (22,0%), Lituânia (20,5%) e Letónia (19,2%), enquanto as mais baixas foram observadas em Malta (6,1%), França (6,5%) e Finlândia (8,1%).
Em comparação com maio, assinala o Eurostat, a inflação anual recuou apenas em dois Estados-Membros (Alemanha e Países Baixos, e em ambos os casos residualmente, 0,1%), tendo subido em 25, entre os quais Portugal, onde chegou aos 9%, face a 8,1% um mês antes e aos -0,6% de junho de 2021.
[Notícia atualizada às 10h26]
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