Fórum para a Competitividade estima crescimento entre 1,5% e 2% este ano

O Fórum para a Competitividade estima que a economia portuguesa cresça entre 1,5% e 2% este ano, depois de ter avançado 1,9% em 2024, nas suas perspetivas empresariais para o primeiro trimestre.

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Lusa
24/04/2025 14:20 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

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"No primeiro trimestre, o consumo privado parece ter mantido um dinamismo significativo, mas não tão dinâmico como no final do ano, enquanto o setor da construção terá mantido um bom desempenho", destacou.

O Fórum apontou ainda que "as exportações começaram o ano de forma favorável, mas com uma volatilidade significativa", sendo que o mais provável é que a economia tenha desacelerado em cadeia no início do ano, referiu. 

Assim, a entidade prevê "um abrandamento do crescimento, de 1,9% em 2024 para entre 1,5% e 2,0% em 2025, estabilizando entre 1,4% e 2,0% em 2026".

"O cenário internacional degradou-se profundamente desde janeiro, sobretudo devido às medidas do novo presidente dos EUA", salientou.

Segundo o Fórum, "as novas políticas, já aplicadas ou anunciadas, envolvem as relações comerciais, a defesa, a desregulamentação e a imigração, entre outras", apontando que, para já, "as mais gravosas têm sido as novas tarifas, muito elevadas, aplicadas de forma mais intensa sobre aliados do que sobre os outros países".

Além disso, destacou, "têm sido apresentadas com tantos avanços, recuos e suspensões, que lançaram uma elevada incerteza, cujas implicações económicas são quase tão negativas como as medidas em si".

Já a nível nacional, "mantém-se alguma incerteza política, que poderá ser parcialmente dissipada nas próximas semanas, mas o que parece mais provável é que não haja um Governo com uma maioria parlamentar, o que limitará a sua ação e capacidade reformista", ressalvou.

Para o Fórum, a revisão em baixa das previsões de crescimento para os parceiros comerciais de Portugal deverá afetar as exportações, "além dos desafios colocados pelas tarifas, que incluem a tentativa da China de substituir os EUA pelo mercado europeu".

Na sua análise, o Fórum lembrou ainda que, no ano passado, Portugal "exportou 5,3 mil milhões de euros para os EUA, que estão ameaçados a prazo", apontando que "é necessário referir que a previsível deterioração das perspetivas internacionais deverão afetar a generalidade" das exportações.

"Como bem sentimos na NATO, Trump acha que beneficiámos também da garantia de defesa fornecida pelos EUA e a partir de agora, teremos que 'pagar' a proteção americana como qualquer cliente de segurança, ou garantir a nossa própria defesa", lê-se numa análise assinada por Luís Mira Amaral, Presidente do Conselho Consultivo do Fórum para a Competitividade, integrada no documento hoje divulgado. 

O Fórum alerta ainda que será de esperar que a China tente compensar a perda do mercado dos EUA com vendas muito significativas na UE, a preços muito competitivos, criando dificuldades às empresas portuguesas, mesmo as que não são concorrentes diretas dos produtos".

Para a inflação, a entidade estima um abrandamento, de 2,4% em 2024 para entre 2,0% a 2,3% em 2025 e para entre 1,9% e 2,2% em 2026.

Paralelamente, prevê uma "ligeira subida da taxa de desemprego, de 6,4% em 2024 para entre 6,4% e 6,6% em 2025 e para entre 6,5% e 6,7% em 2026".

Leia Também: Governo confiante na estratégia energética apesar de críticas dos EUA

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