"A única região com problemas nas entregas das aeronaves é a China. Devido às tarifas, muitos dos nossos clientes [chineses] indicaram que não vão aceitar entregas", afirmou a presidente executiva da Boeing, Kelly Ortberg, citada pela agência EFE.
Este ano, a empresa tem cerca de 50 entregas planeadas para a China.
A China recusou a entrega de novos aviões da Boeing, após o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter imposto tarifas adicionais de 145% a Pequim.
Apesar de ter considerado esta situação lamentável, a Boeing assegurou ter "muitos clientes que querem entregas a curto prazo" e, por isso, quer redirecionar a sua oferta para uma "procura estável".
Por outro lado, referiu que não vai continuar a fabricar aeronaves para clientes que não as aceitam.
A administração Trump espera fechar acordos comerciais no próximo mês com a maioria dos países aos quais impôs taxas aduaneiras, mas a guerra comercial desencadeada pela sua política tarifária está centrada numa disputa com a China.
Na semana passada, Trump afirmou estar a falar com representantes chineses para chegar a um acordo com Pequim, mas, do outro lado, o seu homólogo Xi mantém tarifas de 125% sobre os EUA.
A China insistiu que não quer uma guerra comercial, mas "não tem medo de a enfrentar se necessário".
Pequim instou Washington a cancelar todas as tarifas impostas e a iniciar um diálogo "com base no respeito mútuo", reiterando que o protecionismo é um beco sem saída.
Pequim também advertiu que não aceitará acordos internacionais que sejam alcançados "à custa dos seus interesses", depois de a imprensa internacional ter noticiado que Trump planeia pressionar outros países durante as suas negociações comerciais para limitar o seu comércio com a China.
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