O responsável falava na conferência "A inovação e a transformação nas seguradoras em Portugal", que decorreu hoje na Universidade Católica de Lisboa.
Para o responsável existem "dois grandes desafios" para a indústria dos seguros, a "sustentabilidade e a demografia/longevidade", sendo necessário "uma visão estratégica sobre estes desafios [com] as tecnologias a existirem para ajudar a cumprir as missões de negócio", mas também para mudar hábitos, referiu.
O presidente executivo da Generali Tranquilidade, Pedro Carvalho, também defendeu que "a tecnologia vai ajudar a identificar os riscos de uma forma mais precisa e identificar riscos que hoje não se conseguem identificar".
Pedro Carvalho realçou o papel da tecnologia na prevenção, nomeadamente em fenómenos ambientais para mitigar as consequências destes acontecimentos.
Os "riscos ambientais estão a aumentar e em Portugal há uma base fraca em termos de proteção" em diversas áreas, disse o responsável, acrescentando que a tecnologia irá ajudar a convencer "os políticos e os portugueses da necessidade de proteção perante estes fenómenos", mencionando o exemplo dos sismos em Lisboa.
Na mesma linha de pensamento, a presidente executiva da Allianz, Teresa Brantuas, explicou que a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta facilitadora, realçando que é sempre importante "recolher o 'feedback' dos utilizadores", de forma a perceber se as inovações tecnológicas estão ou não a resultar, sendo que "a transformação digital vai ser muito importante".
O presidente executivo da Ageas, Luís Menezes, afirmou que existe um "desafio digital grande pela frente", nomeadamente em matéria de inteligência artificial (IA).
Apesar disso, o responsável reforçou que a prevenção deve ser a base para os desafios futuros, especialmente na área dos seguros de saúde.
O reitor da Católica Lisbon para a formação de executivos, Nuno Moreira da Cruz, abriu a conferência destacando que "o setor dos seguros é o que tem mais desafios" nos tempos que se avizinham, pois em cima da mesa, além da regulação, também é preciso ter em conta o desafio da longevidade.
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