Em comunicado enviado à Lusa, a empresa adianta que no segundo dia de greve, durante o período da manhã, a adesão por parte dos trabalhadores "foi de 12%".
Já em relação à greve dos trabalhadores da Soflusa, iniciada segunda-feira, após as 22:55 foi registada "uma adesão de 10%" do total dos trabalhadores abrangidos pelo aviso prévio.
A empresa referiu também que o serviço de transporte em três das quatro ligações fluviais asseguradas pela Transtejo foi iniciado, com a devida normalidade, antes dos horários previstos e anunciados.
A ligação Cacilhas-Cais do Sodré foi retomada às 09:55, Montijo-Cais do Sodré às 09:30 e Seixal-Cais do Sodré às 09:15.
Já a ligação fluvial Trafaria-Porto Brandão-Belém foi retomada no horário previsto às 10:00.
Pelas 13:20, segundo a empresa, o serviço encontra-se normalizado em todas as ligações fluviais.
"Na noite de ontem, 18 de julho, e na madrugada de hoje, 19 de julho, a ligação fluvial manteve-se ativa com a circulação de dois navios", refere a nota da empresa, referindo que durante todo o período da manhã de hoje "a realização de carreiras [da Soflusa] foi assegurada com três navios ao serviço".
Segundo a empresa, prevê-se que a ligação fluvial da Soflusa se mantenha ativa até perto das 14:00.
"A realização, ou não, de carreiras depende da adesão à greve pelos trabalhadores", refere a empresa, aconselhando os passageiros a "consultarem previamente o estado da ligação fluvial, em tempo real", no 'site' da ttsl.pt.
Os trabalhadores da Transtejo iniciaram na segunda-feira um ciclo de greves, de três horas por turno de serviço, que durará até à próxima sexta-feira.
Por seu turno, os trabalhadores da Soflusa iniciaram hoje um ciclo de quatro dias de greve, com paralisação durante todo o período de trabalho.
Vão registar-se, na Soflusa, interrupções na carreira fluvial do Barreiro para o Terreiro do Paço (Lisboa) até 23 de julho, sendo o último barco às 22:25 e o primeiro às 00:05 do dia seguinte.
O mesmo se verifica na carreira fluvial do Terreiro do Paço para o Barreiro, sendo o último barco às 22:50 e o primeiro às 00:30 do dia seguinte.
A empresa alerta que durante o período de greve os terminais estarão encerrados, por motivos de segurança.
Na mesma página da internet pode ler-se um aviso sobre a interrupção de algumas carreiras fluviais da Transtejo, até 22 de julho, devido à greve parcial e ao trabalho suplementar dos trabalhadores.
As interrupções na Transtejo afetam as carreiras fluviais de Cacilhas (Almada) para o Cais do Sodré (Lisboa) e no sentido inverso, com especial incidência nas "horas de ponta" da manhã e da tarde.
De acordo com a Fectrans, os trabalhadores exigem o aumento dos salários e medidas que combatam a degradação do serviço público, devido à falta de trabalhadores e ao envelhecimento da frota.
Atualmente, adianta a estrutura sindical, a Transtejo já tem navios novos (do concurso de navios elétricos), mas por falta de baterias os mesmos estão imobilizados.
Por outro lado, por falta de trabalhadores "há recurso a imensas horas extraordinárias, havendo trabalhadores com horários de 16 horas por dia".
Desde o início do ano, mais de mil circulações não foram efetuadas.
A Transtejo e a Soflusa têm a mesma administração e ambas asseguram as ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa.
A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.
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