Resposta à inflação: Costa promete "novo pacote de medidas" para setembro

O primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira, que em setembro o Governo vai adotar um novo pacote de medidas para apoiar o rendimento das famílias e a atividade das empresas.

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© Valeria Mongelli/Bloomberg via Getty Images

Beatriz Vasconcelos
20/07/2022 15:31 ‧ 20/07/2022 por Beatriz Vasconcelos

Economia

Costa

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou, esta quarta-feira, no Parlamento, que o Governo vai lançar um "novo pacote de medidas" em setembro para responder à aceleração da taxa de inflação. 

"No final deste trimestre, em setembro, vamos adotar um novo pacote de medidas para ajudar as famílias e as empresas", anunciou o primeiro-ministro no discurso inicial durante o debate do Estado da Nação, não detalhando, contudo, que medidas estão em cima da mesa. 

Isto porque, diz António Costa, fica "hoje claro que, com o prolongar da guerra, o impacto da inflação será mais duradouro do que o previsto".

A taxa de inflação acelerou para 8,7% em junho, o valor mais elevado desde dezembro de 1992, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), na semana passada, confirmando o valor da estimativa provisória divulgada no final do mês passado. 

A parte inicial do discurso do primeiro-ministro foi dedicada às consequências da conjuntura internacional na economia portuguesa, salientando que "do estado de pandemia" da Covid-19 se passou "ao estado de guerra" e advogando que "Portugal reagiu de imediato com a condenação da invasão Russa e no apoio à Ucrânia".

"Todos sabemos que os efeitos da guerra não se contêm nas fronteiras da Ucrânia. Têm um efeito global e têm um efeito em Portugal - efeito que se traduz, desde logo, num brutal aumento da inflação, impulsionado pelo custo das importações, em particular da energia", assinalou.

De acordo com o líder do Executivo, a resposta tem passado pela tentativa de contenção do aumento do preço da energia "na medida do possível", pelo apoio à produção das empresas mais expostas ao consumo de energia e pela atribuição de auxílios às famílias mais carenciadas.

Na sua perspetiva, como resultado das medidas adotadas, houve uma "redução de 3,7% do preço da eletricidade para as famílias no mercado regulado; redução de 18 pontos percentuais da carga fiscal sobre os combustíveis, permitindo uma poupança de 16 euros num depósito de 50 litros de gasolina ou 14 euros num depósito de gasóleo; e uma redução do impacto da subida do preço do gás na produção de eletricidade no mercado spot, com uma poupança média diária neste primeiro mês de aplicação de 18%".

[Notícia atualizada às 15h43]

Leia Também: SIGA AQUI: Costa anuncia novo pacote de apoios para famílias e empresas

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