O indicador, que exclui os preços dos alimentos frescos devido à sua alta volatilidade, aumentou um décimo em relação a maio, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Interior japonês.
A subida de junho surge após um aumento homólogo de 2,1% em maio e supera, pelo terceiro mês consecutivo, a meta de inflação de 2% fixada pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) também impulsionada pela forte subida do custo da eletricidade e das matérias-primas.
A subida de 16,5% em termos homólogos nos preços da energia foi o fator que mais contribuiu para a subida do índice em junho, enquanto os custos da eletricidade, gás e outros combustíveis aumentaram 14% face a igual período de 2021.
O preço da eletricidade subiu 18% em junho, o do gás 17,1% e o dos outros combustíveis 23,4%.
Na quinta-feira, o banco central nipónico tinha revisto em alta a previsão de inflação para o exercício financeiro de 2022.
O BoJ prevê que a inflação atinja os 2,3%, principalmente devido ao "aumento dos custos de energia, alimentação e bens duradouros", apontando para um aumento do índice de preços no consumidor em quatro décimos de ponto percentual.
Ainda assim, o banco central optou por manter inalteradas as taxas de juro de curto prazo em -0,1% e o programa de compras de fundos negociados em bolsa para manter a curva de rendimento das obrigações de longo prazo em cerca de 0%.
Também na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que decidiu aumentar em 50 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.
A inflação homóloga avançou em junho para 8,6% na zona euro, enquanto na União Europeia (UE) atingiu os 9,6%, divulgou na terça-feira o Eurostat, o gabinete oficial de estatísticas da UE.
A taxa de inflação na zona euro e na UE tem vindo a acelerar desde junho de 2021, puxada pela subida dos preços da energia, e a atingir valores recorde desde novembro.
No Reino Unido, o índice de preços ao consumidor atingiu 9,4% em junho, em termos homólogos, o nível mais alto em mais de 40 anos, avançou na quarta-feira o Gabinete de Estatísticas Nacionais britânico.
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