Wall Street fecha à espera de resultados empresariais, juros e inflação

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem direção uma sessão hesitante, na véspera da divulgação de resultados trimestrais de empresas importantes, que podem marcar o ambiente do mercado.

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Lusa
25/07/2022 23:19 ‧ 25/07/2022 por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados definitivos indicam que o índice Dow Jones Industrial Average avançou 0,28% e o alargado S&P500 progrediu, ao passo que, pelo contrário, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,43%.

"Os investidores perderam os ganhos do início da sessão e foi sobretudo o Nasdaq que pesou no conjunto da sessão", indicou Peter Cardillo, da Spartan Capital. "A razão está em que os investidores se reservaram à espera dos resultados dos grandes nomes da tecnologia", acrescentou.

Enquanto a semana se anuncia como uma das mais carregadas em termos de resultados empresariais, os números das mega capitalizações Alphabet (a 'holding' da Google) e Microsoft são esperados na terça-feira.

Com esta expectativa, todos os grandes nomes do setor fecharam em baixa, casos de Facebook (Meta), Amazon, Twitter ou Netflix.

No total, esperam-se para esta semana as contas de 175 empresas do S&P500, "entre as quais as mais importantes do mundo", o que torna os investidores algo ansiosos, realçaram os analistas do Wells Fargo.

Além dos resultados das empresas, os investidores também vão estar muito atentos à reunião da Reserva Federal (Fed), sobre política monetária, que começa na terça-feira.

A Fed deve anunciar na quarta-feira uma nova subida da taxa de juro de referência em 0,75 pontos percentuais, segundo a previsão da maioria dos analistas.

"Esta subida já está incorporada pelos investidores", salientou Peter Cardillo, para quem, assim, "vão ser os resultados das empresas que vão dar o tom à bolsa para o resto do verão".

Os investidores vão também acompanhar os indicadores cruciais sobre a economia dos EUA, a começar pela primeira estimativa do produto interno bruto no segundo trimestre, esperada para quinta-feira.

A maior economia mundial contraiu-se no primeiro trimestre (1-6%). Tecnicamente, uma economia é considerada em recessão depois de dois trimestres consecutivos em contração.

O presidente Joe Biden assegurou hoje à noite que o país não iria conhecer uma recessão.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, também tinha garantido no domingo que as estatísticas não apontavam para uma recessão.

Já para sexta-feira é esperada a informação sobre a inflação em junho, aferida pelo índice PCE.

Na sessão, destacaram-se as subidas dos 'papéis' das petrolíferas no seguimento de uma alta da cotação do petróleo, subsequente, por sua vez, ao anúncio pela Gazprom da diminuição drástica dos seus fornecimentos de gás à Europa, a partir de quarta-feira.

Assim, a Chevron ganhou 2,97%, a ExxonMobil 3,32% e a ConocoPhillips 4,43%.

Leia Também: Wall Street segue em terreno misto antes de reunião da Fed

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