Sanções tornam "impossível" restituir turbina a Nord Stream, diz Gazprom

Consórcio russo afirmou que a restituição à Rússia de uma turbina da Siemens apresentada como essencial para a operação do Nord Stream 1 é "impossível" devido às sanções a Moscovo

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© NIKOLAY DOYCHINOV/AFP via Getty Images

Marta Ferreira com Lusa
03/08/2022 18:06 ‧ 03/08/2022 por Marta Ferreira com Lusa

Economia

Guerra na Ucrânia

A Gazprom disse, esta quarta-feira à tarde, que a restituição à Rússia de uma turbina da Siemens, que será essencial para a operação do gasoduto Nord Stream 1 - que fornece gás à Europa -, é "impossível" devido às sanções contra Moscovo.

“Regimes de sanções no Canadá, na União Europeia e na Grã-Bretanha, bem como as inconsistências na situação atual em relação às obrigações contratuais da Siemens (fabricante de turbinas) impossibilitam a entrega”, disse a Gazprom num comunicado partilhado no Twitter.

 

Nas últimas semanas os países europeus têm indicado que acreditam que Moscovo está à procura de um pretexto para atrasar o regresso da turbina e reduzir ainda mais as entregas de gás, no contexto das tensões em torno da Ucrânia.

Ainda hoje, o chanceler alemão Olaf Scholz acusou a Rússia de ser responsável por bloquear a entrega da turbina, sem a qual o gasoduto Nord Stream 1 não pode, segundo alega Moscovo, funcionar normalmente.

Recorde-se que a Rússia reduziu o volume das suas entregas de gás à Europa em junho e julho, argumentando que o gasoduto não poderia funcionar normalmente sem que a turbina - agora referida - fosse reparada no Canadá e garantindo que esta não tinha voltado ainda a Moscovo por causa das sanções impostas pelo Ocidente após o ataque russo à Ucrânia.

Nord Stream 1 liga a Rússia à Alemanha através do Mar Báltico

O gasoduto Nord Stream 1 tem com uma capacidade de 167 milhões de m3 por dia, de acordo com dados da Gazprom, citados pela AFP, liga a Rússia à Alemanha através do Mar Báltico. Esta infraestrutura é estratégica para o fornecimento de gás aos europeus, especialmente aos alemães.

O Kremlin assegura que são as sanções que estão na origem das dificuldades de entrega e que, por conseguinte, a Europa sofre com as medidas que impõe à Rússia.

Leia Também: Letónia garante ter gás para o inverno apesar do corte por Moscovo

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