Continente diz que houve aumento de 93% da procura de gelo em julho
O Continente diz que o aumento da procura de gelo em Portugal em julho foi de 93%, admitindo a possibilidade de existirem "ruturas pontuais", mas afasta cenário de racionamento ou subida do preço, disse à Lusa fonte oficial da MC.
© Grupo Sonae
Economia Continente
Os supermercados em Espanha estão a limitar o número de embalagens de gelo que vendem por cliente, tendo em conta a escassez deste produto devido à maior procura por causa do calor e à menor produção provocada pelos preços da eletricidade.
Contactada pela Lusa sobre o assunto, fonte oficial da rede de hipermercados Continente disse que as lojas "não estão a limitar" a venda de gelo.
"O Continente confirma o aumento da procura por este produto, um crescimento (em volume) de 57% no acumulado do ano, em comparação com igual período de 2021, e de 93% no mês de julho relativamente ao período homólogo", prosseguiu a mesma fonte da MC.
Entretanto, "face à elevada procura, poderão existir ruturas pontuais em algumas lojas, mas estamos atentos e a trabalhar em estreita colaboração com todos os parceiros para garantir que os nossos clientes sentem o mínimo impacto possível, sem previsão de racionamento ou limitação de quantidades por cliente", sublinhou.
"Acrescentamos ainda que não houve qualquer redução na produção para as nossas lojas, nem aumento do preço de venda ao consumidor", asseverou.
Anteriormente, o Lidl Portugal também tinha confirmado o aumento do consumo de gelo em Portugal, tal como a Auchan, com as duas cadeias retalhistas a afastarem qualquer cenário de racionamento.
"Dado o calor que se tem vindo a sentir de norte a sul do país nas últimas semanas e meses, confirmamos que o mesmo tem originado um aumento muito elevado no consumo de gelo", disse hoje fonte oficial do Lidl Portugal.
No Lidl "procuramos trabalhar com antecedência e em efetiva parceria com os nossos fornecedores -- e este caso não é exceção", pelo que "temos acompanhado a situação de forma constante", sobretudo nas lojas que registam maior volume de vendas, prosseguiu.
"Nesse sentido, por enquanto, não consideramos que seja necessário limitar a venda de embalagens de gelo por cliente", concluiu a mesma fonte.
Também a Auchan Retail Portugal confirmou à Lusa, na quinta-feira, que houve um aumento das vendas do gelo, mas afastou para já um cenário de racionamento.
Contactada pela Lusa sobre este tema, fonte oficial da Auchan Retail Portugal afirmou que "existe, efetivamente, um aumento significativo da venda de gelo" este ano.
"Podemos afirmar que o nosso fornecedor já manifesta alguma dificuldade de produção/entrega, mas, para já, não sentimos necessidade de racionamento", acrescentou a mesma fonte.
Também na quinta-feira, o Pingo Doce afirmou não ter prevista "qualquer restrição" à venda de gelo nas suas lojas e o Intermarché desconhece qualquer "racionamento de produtos" no mercado português.
Fonte oficial da cadeia de supermercados do grupo Jerónimo Martins disse que "o Pingo Doce não está a limitar a venda de gelo nas suas lojas, não estando prevista qualquer restrição".
Sobre o mesmo assunto, fonte oficial do Intermarché salientou que o "grupo Os Mosqueteiros, incluindo a sua insígnia de comércio alimentar Intermarché, é composto por chefes de empresa independentes que gerem as suas lojas de acordo com o contexto das regiões onde estão inseridos".
Assim, "centralmente não temos conhecimento de racionamento de produtos, nos quais se incluem as embalagens de gelo", acrescentou a mesma fonte.
Em Espanha, o racionamento na venda de gelo -- e o desaparecimento do produto de supermercados e gasolineiras -- chegou quando se esgotaram as reservas do produto, resultado de uma "tempestade perfeita" em que se juntaram o aumento dos preços da eletricidade e as ondas de calor que afetam o país desde junho, segundo os empresários.
A produção de gelo, com vista a responder à habitual procura de verão, começa a fazer-se nos meses iniciais do ano, mas em 2021, o aumento do preço da eletricidade gerou custos de fabrico e armazenamento que levaram a parar as fábricas.
A inflação em Espanha foi de 10,8% em julho, o valor mais alto em 38 anos, desde setembro de 1984.
Leia Também: Supermercados em Espanha já limitam a venda de gelo. E em Portugal?
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com