"Com estas medidas temos dos preços da eletricidade mais baratos da UE"

Ministro sublinhou que a medida de baixar o IVA de 13% para 6% não é a primeira tomada pelo Governo para travar preços da energia e revelou dados dos primeiros meses da implementação do mecanismo ibérico.

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© Gonçalo Villaverde / Global Imagens

Notícias ao Minuto
07/09/2022 23:14 ‧ 07/09/2022 por Notícias ao Minuto

Economia

Duarte Cordeiro

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, considerou, esta quarta-feira, que, no que diz respeito à energia, o pacote de apoio apresentado pelo Governo não é insuficiente.

Durante a entrevista dada ao jornalista Vítor Gonçalves na RTP3 sobre os desafios ambientais, fruto das alterações climáticas, que se colocam neste momento a Portugal, Duarte Cordeiro começou por apontar que "o pacote tem um valor de apoio de cerca de 2,4 mil milhões de euros até ao final do ano". 

A medida de baixar o IVA de 13% para 6% nos primeiros 100 kWh consumidos em cada mês é uma das medidas incluídas no pacote que, segundo o ministro, "tem um impacto de 90 milhões de euros, que beneficia cerca de 87% dos consumidores, não é um número reduzido", frisou, acrescentando que "esta não é a primeira medida" para travar o aumento dos preços da energia. 

Duarte Cordeiro aponta ainda que os dados revelam que o mecanismo ibérico, uma das medidas anteriormente tomadas, teve um benefício, nos primeiros dois meses, de "cerca de 150 milhões de euros" para as famílias, ou seja, uma "poupança de cerca e 16% para quem está exposto ao preço da eletricidade". 

"Temos dos preços da eletricidade mais baratos a nível europeu"

"Com estas medidas, no seu conjunto, temos dos preços da eletricidade mais baratos a nível europeu, quer do ponto de vista do consumidor doméstico quer do ponto de vista da indústria", reforçou. 

O ministro do Ambiente assegurou ainda que o objetivo é garantir o preço mais baixo para as famílias. "Cada euro poupado é um euro poupado", enfatizou. 

"Estamos a atuar a todos os níveis, queremos ter os preços da eletricidade baixos", apontou. 

Passando pela questão do gás, Cordeiro apontou que com a "tarifa regulada do gás conseguimos um melhor preço".

Quanto aos transportes, o ministro do Ambiente quis frisar que a medida de congelar os preços dos transportes é significativa porque "se nada fosse feito", estes iriam "aumentar 8%". 

Relativamente aos combustíveis, Cordeiro afirma que tudo se mantém e sublinha: "É talvez das medidas com mais impacto financeiro". 

O ministro conclui ainda que esta é uma medida que se manterá até final do ano e será avaliada a necessidade de se manter, ou não, em dezembro.  

Limitar consumo de energia? "Há uma vantagem em fazer depois dos outros"

Sobre a limitação do consumo de energia, que outros países já adotaram, Duarte Cordeiro considerou que "há uma vantagem em fazer depois dos outros". 

Em resposta a Vítor Gonçalves, o ministro afirmou que "nem sempre temos de ser pioneiros a nível europeu" e até "temos vantagem" em ver como os outros estão a executar esta medida, como é o caso de Espanha. Permite "percebermos como os outros fazem", reforçou acrescentando que "não temos de ter esse tipo de complexos". 

Perante isto, Duarte Cordeiro afirma que o plano que será anunciado amanhã, dia 8 de setembro, permitirá, segundo a estimativa do Executivo, uma "redução de 5%" que se soma aos 20% já conseguidos com medidas anteriores.

Sobre a possibilidade de desligar as luzes noturnas nas montras das lojas, "haverá recomendações e não obrigações", concluiu o ministro levantando o véu do que poderá ser anunciado na quinta-feira.

Leia Também: Portugal tem das mais baixas inflações energéticas da Europa, diz Galamba

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