"Hoje, face à crise que temos, penso que seria extremamente benéfico termos essa redução transversal e, a partir daí, ver qual é o impacto que pode ter no futuro", afirmou o governante em declarações aos jornalistas à margem de uma visita às empresas portuguesas que, de hoje a terça-feira, participam na feira de calçado MICAM, em Milão, Itália.
"Espero que na negociação do acordo de rendimentos e de competitividade e, depois, no Orçamento do Estado, possamos ter esse desígnio da redução do IRC", acrescentou,
Embora no programa de Governo o que esteja previsto seja uma redução seletiva do IRC, dirigida a empresas que reinvestem parte dos seus lucros na atividade económica, apostam na inovação tecnológica ou contratam jovens qualificados, Costa Silva garante que sempre teve "muito claro que o país, algures, tinha que fazer essa redução transversal do IRC".
"Eu não mudei de ideias", assegurou, explicando que o que aconteceu foi que "depois da discussão, e no âmbito do programa de Governo", o que ficou inscrito foi "a figura da redução seletiva".
"Mas eu penso que vamos a caminho de uma redução transversal, que vai ser um sinal extremamente importante para toda a indústria", enfatizou, acrescentando: "Penso que, se tivermos as empresas associadas a isso, [e] também os sindicatos, no âmbito da concertação social, podemos ter a capacidade da ação coletiva para superar todas estas crises".
Relativamente à discussão do acordo de rendimentos, o ministro da Economia nada avançou: "Eu não queria antecipar o que é que se vai passar. Mas nós vamos levar propostas que eu penso que são muito interessantes também para para as empresas", disse.
Atualmente a taxa de IRC é de 21% sobre o lucro das empresas até 1,5 milhões de euros. A esta taxa acresce uma derrama estadual para as empresas com maior lucro e, ainda, uma derrama municipal.
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