O petróleo está a valorizar mais de 2% na sessão desta quarta-feira, depois de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter anunciado uma "mobilização parcial" dos cidadãos do país, quando a guerra na Ucrânia está quase a chegar ao sétimo mês do conflito, numa mensagem dirigida à nação.
De acordo com a Reuters, além de intensificar a guerra, as declarações de Putin levantam preocupações relacionadas com a oferta de petróleo e de gás, que poderá ser mais restrita, o que faz aumentar o preço.
Há momentos, o barril do Brent, que serve de referência às importações nacionais, valorizava 2,6% para 92,97 dólares, segundo o Investing.
A medida anunciada por Putin, que entra já em vigor, obedece à necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país, sublinhou o chefe de Estado russo, na mensagem transmitida pela televisão.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, está pronta a utilizar "todos os meios" ao seu dispor para "se proteger", declarou Putin, que acusou o Ocidente de procurar destruir o país. O anúncio de "mobilização parcial" dos russos em idade de combater abre caminho para uma escalada no conflito na Ucrânia.
"Considero necessário apoiar a proposta [do Ministério da Defesa] de mobilização parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram (...) e com uma experiência pertinente", declarou.
"O decreto sobre a mobilização parcial foi assinado" e entra hoje em vigor hoje, acrescentou Putin, sublinhando "falar apenas de mobilização parcial", numa resposta a rumores surgidos nas últimas horas sobre uma mobilização geral.
Perante "a ameaça" que representa, para o Presidente russo, "o regime nazi de Kiev", apoiado financeira e militarmente pelo Ocidente, Moscovo vai utilizar "todos os meios ao seu dispor para proteger a Rússia" e o seu povo, advertiu Putin, numa alusão às armas nucleares.
"Isto não é um 'bluff'", avisou.
"O objetivo do Ocidente é enfraquecer, dividir e destruir a Rússia", garantiu, através da supressão "dos centros de desenvolvimento soberanos e independentes" no mundo.
"Eles [os ocidentais] dizem abertamente que em 1991 conseguiram desmembrar a União Soviética e que agora chegou a vez da Rússia", acusou.
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