No relatório de atualização das perspetivas económicas e orçamentais 2022-2026, baseado em políticas invariantes, a instituição presidida por Nazaré Costa Cabral revê em baixa as previsões da taxa de desemprego face a março, quando previa 6% este ano e 6,1% em 2023.
A previsão do CFP para este ano é mais otimista do que os 6% esperados pelo Governo e está em linha com a projeção de 5,6% do Banco de Portugal e próxima dos 5,8% esperados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).
Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma taxa de 6,5%.
Para o próximo ano, o CFP prevê uma taxa de desemprego de 5,3%.
A instituição melhora também as perspetivas para o crescimento do emprego, este para 1,9%, mais 0,8 p.p. do que anteriormente, "em linha com o forte dinamismo da atividade económica".
Esta taxa compara com os 1,3% esperados pelo Governo, os 1,7% do Banco de Portugal, 1,2% do FMI e com os 2,5% da OCDE.
"Face à maturidade atual do mercado de trabalho e à revisão em baixa das perspetivas de crescimento da economia no restante horizonte de projeção, a média da criação de emprego deverá estabilizar em torno de zero e a taxa de desemprego em torno de 5,1%, traduzindo, no médio prazo, os constrangimentos criados pela evolução demográfica na criação de emprego", destaca o relatório.
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