Abastecer a despensa de bens alimentares essenciais já custa mais de 210 euros, de acordo com uma monitorização de preços que é feita semanalmente pela DECO Proteste e que foi atualizada esta sexta-feira.
"Um cabaz de bens alimentares essenciais custa atualmente 210,83 euros, mais 27,20 euros (mais 14,82%) do que custava a 23 de fevereiro, véspera do início do conflito armado na Ucrânia e data em que iniciámos esta análise", diz a DECO Proteste, no seu site.
Em comparação com a semana passada (28 de setembro), o aumento foi de 0,2% (mais 40 cêntimos), de acordo com os dados divulgados.
A carne e o peixe são as categorias alimentares com os maiores aumentos de preços desde o início da guerra, de acordo com a monitorização de preços realizada pela organização.
"Entre 23 de fevereiro e 5 de outubro, o peixe já registou um aumento de 18,99% (mais 11,45 euros). Fazendo as contas a apenas um quilo de salmão, de pescada, de carapau, de peixe-espada-preto, de robalo, de dourada, de perca e de bacalhau, o consumidor pode ter de gastar, em média, 71,76 euros", adianta a DECO Proteste.
Já a carne, por sua vez, aumentou 17,6% (mais 5,67 euros). "Para comprar um quilo de lombo de porco, de frango, de febras de porco, de costeletas do lombo de porco, de bifes de peru, de carne de novilho para cozer e de perna de peru, o gasto pode agora ser, em média, de 37,92 euros", pode ainda ler-se.
Também o Banco de Portugal (BdP) divulgou na quinta-feira que o custo de um cabaz básico de bens alimentares subiu 15% entre outubro de 2021 e agosto deste ano, com alguns produtos a dispararem 20%, enquanto outros registaram variações negativas.
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