Num comunicado hoje divulgado, as estruturas sindicais, afetas à UGT, anunciaram que "chegaram a um entendimento com banco para a revisão salarial de 2021 e 2022", explicando que "o acordo fica aquém do que desejavam, mas decidiram não protelar mais a situação" e garantindo que em "2023 vão lutar pela compensação".
Este acordo prevê, em relação a 2021, um "aumento de 0,4% em todos os níveis" e uma atualização igual "em todas as cláusulas de expressão pecuniária", sendo que "as tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária reportam os seus efeitos a 01 de janeiro de 2021".
Para este ano, o acordo estabelece que "as partes acordam na revisão das tabelas salariais para 2022" incluindo um "aumento de 1,1% do nível 1 ao nível 12, inclusive" e um "aumento de 1% do nível 13 ao nível 18, inclusive". Além disso, foi acordado um "aumento de 1,1% em todas as cláusulas de expressão pecuniária" e um "subsídio de almoço no valor de 10,50 euros", sendo que, neste caso, "as tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária reportam os seus efeitos a 01 de janeiro de 2022".
"Depois de quase dois anos sem que o Montepio se aproximasse da posição dos sindicatos na revisão salarial, insistindo em aumentos zero em 2021 e pouco mais em 2022, foi finalmente dado o passo que permitiu chegar a um acordo de princípio entre as partes", indicaram as estruturas sindicais.
"A solução fica aquém das necessidades dos trabalhadores e do seu merecimento, mas a situação que se vive atualmente não permite protelar mais no tempo a inexistência de aumentos no Montepio", explicaram, recordando que "os trabalhadores do Montepio estão sem atualização salarial em 2021 e 2022, e necessitam urgentemente que as tabelas e cláusulas de expressão pecuniária aumentem para ajudar no crescente aumento do custo de vida".
No mesmo comunicado, os sindicatos disseram que, "considerando que já não é possível processar o pagamento dos retroativos resultantes das cláusulas anteriores em outubro, este será efetuado no mês de novembro", informando ainda que "a atualização de todos os valores resultantes dos aumentos acordados será feita já no mês de outubro".
De acordo com a nota, o Mais, SBC e SBN "fizeram questão de realçar que dão o seu acordo de princípio ao acordo salarial, mas não deixaram de manifestar que a insuficiência dos valores obtidos terá de ser compensada na negociação salarial de 2023, que se iniciará brevemente".
"Nessas negociações, os sindicatos vão lutar por melhores condições para os trabalhadores do Montepio, até porque o banco já está em melhor situação, e os trabalhadores têm de ser ressarcidos pelo seu esforço e profissionalismo durante este período, que muito contribuiu para os resultados do banco", indicaram, garantindo que "não aceitarão que em 2023 os benefícios alcançados pelo Montepio não cheguem aos seus trabalhadores através dos aumentos salariais".
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